Quinta-feira, 23 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 17 de junho de 2016
Com a legalização da maconha em Estados americanos – seja para uso recreativo ou medicinal –, algumas empresas começaram a se sentir mais dispostas a investir neste tipo de negócio. E a primeira grande multinacional a entrar para o ramo, segundo a imprensa dos Estados Unidos, é a Microsoft, a gigante de tecnologia fundada por Bill Gates. A companhia americana anunciou, conforme o jornal The New York Times, uma parceria para oferecer um software de mapeamento do comércio de maconha, desde a origem até a venda da erva. O objetivo é garantir que tudo seja feito dentro da legalidade.
Parceria com Kind Financial.
A parceria foi firmada com a start-up Kind Financial, que já trabalha com tecnologia e outras ferramentas para negócios ligados à erva.
Com o acordo entre as duas empresas, a Kind Financial vai colaborar para a área da gigante da computação dedicada a prestadores de serviços ligados à saúde, e seu software Agrisoft Seed to Sale (algo como “da semente à venda”) será oferecido para todos os usuários dos Azure Government, serviço de computação na nuvem da Microsoft voltado para governos.
De acordo com o site do CNBC, 20 Estados americanos já permitem algum tipo de uso de maconha e, conforme o jornal The New York Times, outros cinco votarão se vão liberar o uso recreativo da erva.
A publicação lembra que, apesar da legalidade do uso da maconha, são poucos – e pequenos – os bancos que aceitam lidar com as contas de empresas ligadas a este tipo de negócio.
Legitimação da erva.
E, embora a Microsoft não vá lidar diretamente com este capital, a entrada dela nessa cadeia pelo lado das regras do governo já serve como uma sinalização do início de uma “estrutura legítima” para esta indústria, que vem crescendo nos últimos anos. E este movimento deve continuar, pelo menos na avaliação de Kimberly Nelson, diretora executiva de soluções para governos locais e estaduais da Microsoft. “Conforme a indústria é regulada, vai haver mais transações, e nós acreditamos que vão haver pedidos e ferramentas mais sofisticados ao longo do caminho”, disse Kimberly ao The New York Times.
Em comunicado divulgado recentemente, o fundador e diretor executivo da Kind Financial, David Dinenberg, comemorou a parceria: “Ninguém pode prever o futuro da legalização da cannabis, contudo, está claro que a cannabis legalizada vai estar sempre sujeita a vigilância e regulações estritas similares às de álcool e tabaco; e a Kind está orgulhosa de oferecer a governos e agências regulatórias as ferramentas e tecnologias necessárias para monitorar a adequação às regras”. (AG)