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Brasil A ministra do Supremo Rosa Weber decidiu liberar para plenário ações que contestam o fatiamento de impeachment da ex-presidente Dilma

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A ministra Rosa Weber. (Foto: STF/Divulgação)

A ministra Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu na segunda-feira (17) liberar para julgamento no plenário as ações apresentadas por parlamentares e partidos políticos que contestam a decisão do Senado Federal de fatiar a votação que aprovou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

À época, em 2016, a Casa votou separadamente as penas de perda de mandato e perda de direitos políticos de Dilma, e a manteve habilitada para exercer funções públicas. Na prática, as ações buscam derrubar os direitos políticos da ex-presidente.

Como as ações foram liberadas pela relatora do caso, a data de julgamento dependerá do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, responsável por essa definição. A movimentação nas ações acontece dias após o ministro Alexandre de Moraes rejeitar três processos apresentados por Dilma contra o impeachment que cassou seu mandato em 2016. Contra isso, inclusive, a defesa da ex-presidente recorreu nesta segunda-feira. As decisões de Moraes são do último dia 7.

O fatiamento do impeachment de Dilma foi alvo de recente discussão na seara eleitoral. O registro de candidatura de Dilma a uma vaga no Senado foi impugnado pelo argumento de que o Senado não poderia ter fatiado as sanções a ex-presidente, mantendo seus direitos políticos e, portanto, a deixando apta para concorrer as eleições – da qual Dilma saiu derrotada. Ao analisar o caso em outubro, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) entendeu que não cabia à Corte Eleitoral rever a decisão do Senado.

Na ocasião, o ministro Luís Roberto Barroso afirmou que a análise do fatiamento das sanções compete apenas ao Supremo Tribunal Federal. Quando votou no caso, Rosa, que também é presidente do TSE, recordou que é relatora das ações que contestam o “fatiamento”, ponderando, no entanto, que os processos sob sua relatoria deveriam ser julgados em conjunto das ações relatadas por Moraes.

“Ocorre que a ex-presidente também havia impetrado mandado se segurança onde questiona a validade e legitimidade do processo de impeachment”, disse à época. Agora, por outro lado, Moraes já resolveu rejeitar os pedidos de Dilma de forma monocrática, sem levar o caso ao plenário.

Temer

Em entrevista ao programa Poder em Foco, do SBT, na madrugada de segunda-feira, o presidente Michel Temer (MDB) saiu em defesa de sua antecessora, Dilma Rousseff (PT).

“Eu posso até fazer observações críticas quanto à conduta política, quando digo que excluiu o vice-presidente. Mas sobre o foco pessoal, tenho a impressão de que é uma senhora correta e honesta. Eu não tenho essa impressão de alguém que chegou ao governo para se apropriar das coisas públicas”, disse. “Nunca tive essa impressão e confesso que continuo não tendo”, afirmou Temer.

Temer assumiu o governo em 2016, após o impeachment da então presidente devido às chamadas pedaladas fiscais. Seu partido, o MDB, apoiou o impeachment, deflagrado pelo então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB-RJ).

 

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