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A moda agora é pechinchar com as operadoras de celular para gastar menos

Cliente deve ligar para as empresas concorrentes para acompanhar as promoções. (Crédito: Reprodução)

O brasileiro gosta de negociar valores mais baixos, mas a maioria não sabe exatamente pelo que está pagando. Essa é a avaliação de Lélio Braga Calhau, coordenador do site Educação Financeira para Todos, segundo o qual quando há conhecimento dos gastos, fica mais fácil identificar que preço está dentro ou fora da normalidade. “Ligue para as empresas concorrentes para acompanhar as promoções”, recomendou.
Os consumidores podem negociar descontos em pacotes de TV por assinatura, internet e telefone, por exemplo. Apesar de pechincharem, em muitos casos, falta transformar isso em hábito. O militar Felipe Chagas lembra com orgulho dos descontos de 50% que conseguiu, há seis anos, no plano de internet banda larga e de 40% para a TV por assinatura. De lá para cá, não negociou mais: “Eu disse que o serviço estava caro e que existiam concorrentes com preços mais em conta. Acho que, hoje em dia, não faço mais [renegociação] por preguiça ou porque tenho uma condição financeira melhor”.
É preciso deixar o comodismo de lado e se municiar antes de partir para a renegociação, pesquisando os preços das principais empresas. Em alguns casos, contratar o combo, que reúne vários serviços, rende descontos que chegam a até 90 reais. Por outro lado, há empresas que não dão abatimento algum.
Se a conclusão for que o preço está acima do que o serviço vale, é hora de tentar baixar o valor. Ex-funcionários de call centers que trabalhavam no setor de retenção de uma operadora – em que o objetivo é convencer o cliente a não cancelar o serviço – contam o que acontece nos bastidores. “Há palavras-chave que o cliente tem que mencionar: ele tem de dizer que quer cancelar ou reduzir o pacote atual. Quando diz isso, o atendente já tem disponíveis pacotes que pode oferecer ao consumidor. Mas há procedimentos de argumentação e contra-argumentação. O atendente fará tudo o que puder para que o usuário desista do cancelamento. O desconto costumava ser de, no máximo, 50%”, disse um atendente.
Outra ex-funcionária, porém, disse que já chegou a conceder 60% de abatimento: “Quanto mais taxativo ele [o cliente] se mostrar, mais desconto conseguirá”. (AG)

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