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A mulher do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, defendeu a prisão dos responsáveis pela tragédia em Brumadinho

Ex-ministro deixou governo acusando presidente Bolsonaro de tentar interferir na Polícia Federal. (Foto: Reprodução/Instagram)

A mulher do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, Rosangela Moro, defendeu que os responsáveis pela tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais, sejam presos.

Em uma rede social na noite de sexta-feira, Rosangela divulgou uma publicação com a imagem do presidente da Vale, Fabio Schvartsman, em que afirmou que o rompimento da barragem da mineradora não é uma tragédia e sim um “descaso”.

“É um descaso total. Mostrem que vocês são ao menos humanos e restabeleçam a dignidade para essas pessoas que sobreviveram ao descaso da Vale. Para mim prisão é pouco”, escreveu Rosângela.

Em uma mensagem anterior na mesma rede social a mulher de Moro divulgou a imagem da lama tomando conta de um povoado e disse que o descaso, a impunidade, o discurso dos “políticos fracassados” e a ganância dos empresários se repetem.

Moro mobiliza 60 bombeiros da Força Nacional

O ministro da Justiça Sérgio Moro mobilizou 60 bombeiros da Força Nacional de Segurança Pública para atuar na tragédia de Brumadinho. Eles, inclusive, trabalharam nos resgates de Mariana, em 2015.

“Algo de errado”

O presidente Jair Bolsonaro disse na sexta-feira (25), que “algo está sendo feito errado”, a respeito das barragens de rejeitos de mineração. Ele citou que apenas em Minas Gerais há 450 barragens como a que se rompeu e que é necessário tomar medidas emergenciais no esforço de “minimizar mais essa tragédia”. Segundo o presidente, cabe ao governo federal a fiscalização para buscar “meios para se antecipar ao problema”.

“Vamos tentar diminuir o tamanho do mal que essa barragem, ao se romper, proporciona ao meio ambiente e junto à população. Não quero culpar os outros pelo que está acontecendo, mas algo está sendo feito errado ao longo dos tempos”, disse o presidente em entrevista à Rádio Regional FM.net, de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte.

O presidente citou a tragédia em Mariana, também em Minas, em 2015, quando 200 pessoas ficaram desalojadas e 19 morreram. Na ocasião, a exemplo do que ocorreu nesta sexta, uma barragem também se rompeu, liberando milhares de toneladas de rejeitos na natureza.

“Acionamos um gabinete de crise aqui em Brasília e ficaremos antenados 24 horas por dia para prestar informações à população, para colhê-las também, de modo que possamos minimizar mais essa tragédia depois da de Mariana. A gente esperava que não tivesse uma outra, até por uma questão daquela servir de alerta, mas infelizmente temos esse problema agora”, disse na ocasião.

O presidente também afirmou que o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, havia determinado o envio de militares da 4ª Brigada de Infantaria a Brumadinho para “salvar vidas” de vítimas.

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