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Mundo A mulher mais poderosa do governo e a líder que dominou a política argentina por 20 anos são as principais figuras da mais importante disputa de 2025 no país: as eleições legislativas

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Karina Milei e a ex-presidente Cristina Kirchner podem concorrer à Câmara ou Senado. (Foto: EBC)

Mulher mais poderosa do atual governo da Argentina e a líder política que dominou por 20 anos consecutivos a política do país são agora as principais figuras da mais importante batalha política da gestão do presidente Javier Milei neste ano: as eleições legislativas. O pleito será realizado em 26 de outubro e já dá margem às mais variadas cogitações.

A secretária-geral da Presidência, Karina Milei, irmã do presidente, e a ex-presidente (e ex-vice) Cristina Kirchner poderão ser candidatas à Câmara ou ao Senado, se quiserem. Mas ainda não bateram o martelo. Por enquanto, articulam com aliados a construção de uma estrutura capaz de garantir vantagem a seus grupos políticos nas urnas e preparar o terreno para a votação presidencial de 2027.

“Não a vejo com essa intenção de ser candidata, mas quem vai decidir é ela”, declarou Milei em recente entrevista a um veículo de imprensa em Buenos Aires. Apesar de as pesquisas por enquanto não a favorecerem, o fato é que “ter um Milei na lista de candidatos faz toda a diferença”.

Por enquanto, a secretária-geral da Presidência faz viagens internacionais e percorre o interior da Argentina com a missão de consolidar o partido governista A Liberdade Avança, que só se tornou uma força nacional reconhecida pela Justiça eleitoral no final de 2024. A primeira província em reconhecer o partido governista foi a de Buenos Aires, onde vive um terço do eleitoral nacional e, portanto, onde se definem todas as eleições na Argentina.

Essa mesma província é a base de operações de Cristina, que assumiu recentemente a presidência do Partido Justicialista com um discurso inflamado contra Milei:

“Temos um governo que venceu as eleições no segundo turno, uma vez que o voto antiperonista migrou para um candidato [Milei] que propôs a dolarização e uma serra elétrica contra a casta [política]. Hoje vemos a aceitação da sociedade a uma espécie de ajuste violento. Isso não é uma crítica, é uma descrição do que estamos vivenciando”.

Segundo recentes pesquisas, a ex-presidente, condenada pela Justiça por casos de corrupção e com novos julgamentos agendados para um futuro próximo, é a dirigente mais popular entre os peronistas, preservando um capital político de 20 anos.

Pesquisa realizada por uma empresa de consultoria aponta que na província de Buenos Aires a imagem positiva de Cristina atinge 43%, enquanto a negativa é de 57%. Apesar dessa desvantagem nos índices de aprovação e rejeição, a avaliação positiva é superior à do próprio Javier Milei, que é hoje de 42%. Já a irmã do chefe de Estado tem 33% de positiva e 50% de negativa.

Crescimento

“Vemos um crescimento da imagem de Cristina nos últimos meses. Isso está relacionado a temas econômicos, como o ajuste”, prossegue um analista. Ele menciona o aumento das tarifas de serviços públicos, mais dura medida de ajuste de governo de Milei.

Além disso, o resto da oposição não conseguiu lançar novas lideranças capazes de desafiar o poder de Milei e da própria Cristina. A ex-presidente perdeu fôlego, mas continua sendo o único líder forte contra o atual governo.

“Em alguns grupos, já se fala que na época de Cristina se vivia melhor”, diz a mesma fonte. “Inclusive eleitores de Milei nos setores mais humildes. O tarifaço obrigou as pessoas a ajustarem suas despesas em alimentação, como fazia tempo não acontecia.”

Um recente levantamento mostrou que a ex-presidente tem uma base fiel de apoio de 29,1% e, com votos de aliados, poderia chegar a 42,3% ou mais. O teto do partido de Milei é de 42,1%, e sua base central chega a apenas 14,5%. A mesma pesquisa indicou que 59,2% jamais votariam por Karina. Mas o presidente está forte e, segundo vários analistas, hoje seu partido é favorito para as Legislativas de 2025.

“Karina conhece suas limitações e não quer ser candidata. Mas a história dos irmãos Milei é de ficção científica, tudo pode acontecer”, afirma o jornalista e escritor Juan Luis González, autor de uma biografia não autorizada do presidente intitulada “El Loco”.

Para González, “a irmã do presidente gosta de protagonismo e de poder político e econômico. Ser candidata seria ousado, mas perder a eleição seria uma catástrofe”. Ele acrescenta: “Dentro do mundo libertário, a figura de Karina Milei é amplamente questionada. Muitos discordam do poder que ela concentra, que é absoluto”.

Em suas viagens dos últimos meses, a secretária-geral da Presidência discursou, pela primeira vez, num ato organizado pelo governo. Com capacidade limitada de oratória, sua estreia desatou preocupação em setores do governo. Mas, como tem apoio do irmão, pode sair candidata mesmo assim. (Com informações de “O Globo”)

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