Sexta-feira, 25 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 19 de julho de 2019
O administrador da Nasa, a agência espacial americana, Jim Bridenstine, explicou por que é que os Estados Unidos suspenderam o seu programa espacial lunar e não pousaram em Marte. Segundo Bridenstine, isto deve-se a riscos políticos, pelos quais ele subentende a falta de financiamento. Ele acrescentou que, se não fosse isso, os americanos já estariam na Lua e em Marte.
Bridenstine disse que na década de 1990 e início dos anos 2000, a Nasa tentou voltar à Lua e pousar em Marte, mas ambos os programas levaram muito tempo a preparar e implicavam gastos sérios. O administrador da NASA também observou que, pela mesma razão, o pouso em Marte, previsto para 2024, pode não se realizar.
Planos de Donald Trump
Recentemente, a administração de Donald Trump estabeleceu o objetivo de acelerar a implementação do programa lunar e enviar um homem para o satélite da Terra nos próximos 5 anos, em vez de 2028. O programa espacial atualizado foi chamado de “Artemis” em honra da deusa grega da Lua. Segundo a mitologia, Artemis também era irmã de Apolo. Seu nome foi usado pelo programa lunar americano anterior, durante o qual, em julho de 1969, foi realizada a primeira viagem do homem à Lua.
Mulher
Cinquenta anos depois de a missão Apollo 11 pousar na Lua pela primeira vez, chegou a hora de voltar. Novas viagens tripuladas estão previstas, além da criação de uma base orbital e da chegada da primeira mulher ao satélite. Qual é a razão de tudo isso? Se aproximar de um projeto de “Lua colonizável” e, assim, criar um lugar para fazer escala antes de chegar até Marte.
A Nasa quer estabelecer presença humana permanente na Lua na próxima década. A nave Gateway está em fase de projeto e deverá orbitar o satélite natural. Ela será um “escritório” para os astronautas a cinco dias de viagem da Terra.
A primeira parte da Gateway deverá ser lançada em 2022. Depois, o Sistema de Lançamento Espacial (SLS, sigla em inglês) levará dois novos módulos para acoplar à nave orbital. Toda essa infraestrutura será o núcleo para a exploração humana da Lua, transformando-a em uma base para a próxima missão. Os testes devem começar em uma missão não tripulada no ano que vem.
ISS – Lua – Marte
A viagem até a Lua é mil vezes mais distante do que até a ISS (Estação Espacial Internacional) – a atual estrutura de pesquisas na órbita da Terra. O próximo passo da Nasa será incentivar mais o uso de recursos privados para manter a ISS e investir dinheiro americano (de parceria público-privada) nas pesquisas lunares.
O governo deve incluir 1,6 bilhão de dólares (R$ 6 bilhões) a mais no orçamento da agência em 2020. As novas ferramentas, instrumentos e equipamentos implantados precisam abrir caminho para a chegada até Marte.
Jim Bridenstine, diretor-administrativo da Nasa, anunciou em abril deste ano que os planos de exploração têm duas etapas principais: levar a primeira mulher à Lua até 2024 e estabelecer missões sustentáveis até 2028.