Planejado pelos Estados Unidos para 2024, o retorno de pessoas à Lua, poderia custar cerca de US$ 30 bilhões (aproximadamente R$ 120 bilhões), quase o mesmo custo (ajustado pela inflação) da missão Apolo 11, informou na sexta-feira (14) a agência aeroespacial americana Nasa. “Para todo o programa e para conseguir uma presença humana sustentável na Lua, estamos falando de entre US$ 20 bilhões e US$ 30 bilhões”, disse o diretor da Nasa, Jim Bridenstine, em entrevista divulgada pela rede de televisão “CNN”.
O programa Apolo, que os EUA iniciaram em 1961 e concluiu em 1972, teve um custo total de US$ 25 bilhões (quase R$ 100 bilhões) que, levando em conta a inflação, equivaleriam a aproximadamente US$ 152,8 bilhões atuais (ou R$ 600 bilhões).
Aquele programa atingiu seu ápice há quase 50 anos, quando dois astronautas pisaram na Lua na missão Apolo 11, que custou US$ 6 bilhões (R$ 24 bilhões) na época, equivalentes a cerca de US$ 30 bilhões hoje em dia, levando em conta a inflação.
A Nasa, que agora batizou o programa lunar como Artemis, em homenagem à deusa da caça, das florestas e irmã de Apolo, planeja enviar um homem e uma mulher à Lua em 2024.
Bridestine lembrou que a grande diferença entre o programa Apolo e o programa Artemis é que o primeiro terminou com breves permanências de humanos na Lua, enquanto o segundo quer o estabelecimento de uma presença permanente.
O plano inclui a participação de companhias privadas e parceiros internacionais, a construção de uma estação espacial lunar, a aterrissagem de humanos no polo sul da Lua dentro de cinco anos e a formatação do projeto como um teste para uma futura missão a Marte.
Os fundos para o programa Artemis, explicou o funcionário, fazem parte do orçamento regular da agência tal como Bridenstine já disse no Congresso, prometendo que o esforço para colocar humanos outra vez na Lua não reduzirá os fundos de outras atividades da agência aeroespacial.
O programa inclui uma missão não tripulada em 2020 com uma cápsula que orbitará a Lua e em 2022 será enviada uma missão tripulada que fará o mesmo. Em 2024 novamente um homem e, pela primeira vez, uma mulher, pisarão o solo lunar.
As três missões serão levadas ao espaço impulsionadas pelo maior foguete construído até agora, o Space Launch System, cuja produção é liderada pela Boeing. Na ponta desse foguete será instalada a cápsula Orion.
Além destas missões, que serão tarefas exclusivas da Nasa, haverá outros cinco lançamentos para colocar em órbita lunar os componentes para a construção da miniestação espacial Gateway, que servirá de plataforma para os pousos na Lua. Estas cinco missões entre 2022 e 2024 serão entregues a empresas privadas, segundo os planos da Nasa. As informações são do portal UOL.