A nova bateria criada pelos cientistas é mais densa energeticamente e eficiente, tudo sem aumentar o volume do componente, preocupação central para permitir sua adoção em dispositivos portáteis, como celulares.
Segundo artigo publicado na especializada Nature Energy, a nova bateria usa um design que envolve lítio e nanotubos de carbono. A construção da bateria elimina gargalos e focos de ineficiência das baterias tradicionais, permitindo um fluxo de energia extremamente eficiente.
O protótipo permite que o rendimento de um mesmo volume seja 2,5 vezes superior a um equivalente convencional no mercado. Outro desdobramento da tecnologia é que a nova bateria da Nokia deva se mostrar muito mais rápida na recarga.
O estudo compara a nova bateria com as atuais: os especialistas afirmam que, em laboratório, os testes renderam uma bateria com células de 480 Wh/kg (Watts-hora por quilograma), medida de densidade – a relação de quanta energia “cabe” em cada célula da bateria – mais de duas vezes superior à melhor bateria de lítio disponível no mercado na atualidade.
A Nokia descreve a tecnologia como ideal para o uso numa nova geração de dispositivos conectados, todos com acesso às redes 5G, requisito que tende a elevar a demanda por energia em baterias de celulares, drones e acessórios IoT.
A companhia finlandesa também fala em uma nova geração de unidades de armazenamento de energia renovável que seriam usadas na infraestrutura de geração e distribuição de eletricidade e também em automóveis elétricos. Entretanto, ainda não há previsão de quando produtos derivados da pesquisa do Bell Labs alcancem o mercado.
Uma semana
Bateria é palavra de ordem no Power Max P18K Pop, celular da Energizer anunciado na feira MWC, em Barcelona, com 18.000 mAh de capacidade. A quantidade é mais de cinco vezes superior à oferecida por smartphones convencionais, que costumam ter entre 3.000 mAh e 4.000 mAh. O número é também 60% maior que o ofertado pelo Blackview P10000 Pro, telefone que ficou famoso por trazer componente de 11.000 mAh.
Segundo a fabricante, toda essa energia é suficiente para abastecer o aparelho por mais de uma semana ou por 48 horas de exibição de vídeos. Em modo de espera, a autonomia chega a 50 dias. O lançamento tem previsão de chegar ao mercado em 2019, mas o preço ainda não foi divulgado. Não se sabe se o modelo será vendido no Brasil.
Tanta bateria deixa o Power Max P18K Pop com um visual, no mínimo, curioso: o aparelho é um tijolão de meio quilo com 18 mm de espessura – mais ou menos dois iPhone XS e meio empilhados. Segundo a Energizer, o telefone leva 8 horas para recarregar a bateria por completo.
Se o corpo é grande demais para os padrões atuais, a tela LCD de 6,2 polegadas segue uma tendência moderna, já que ocupa praticamente toda a parte frontal do celular. A câmera frontal dupla fica escondida em uma gaveta deslizante no topo, assim como os chineses Vivo Nex S e Oppo Find X.
As especificações do smartphone incluem ainda câmera tripla de 12, 5, e 2 megapixels na parte de trás, processador MediaTek Helio P70, 6 GB de memória RAM e 128 GB de armazenamento. O aparelho roda sistema Android 9 (Pie).