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Política A nova avaliação do presidente do partido de Bolsonaro sobre a chance de o ex-presidente ser preso

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No início do mês, Valdemar Costa Neto disse, em entrevistas, que não acreditava em uma prisão de Jair Bolsonaro. (Foto: Reprodução)

No início do mês, Valdemar Costa Neto disse, em entrevistas, que não acreditava em uma prisão de Jair Bolsonaro. Agora, após o indiciamento do ex-presidente pela Polícia Federal no inquérito do golpe, o presidente do PL faz uma nova leitura.

Valdemar tem dito a integrantes do PL que acredita que Bolsonaro irá parar atrás das grades. O mandachuva da legenda, no entanto, apresenta uma dúvida: sinaliza que não sabe como o ex-presidente vai se comportar diante de uma eventual ordem de prisão.

A avaliação no PL é que a determinação da prisão de Bolsonaro só deve acontecer no ano que vem, após o julgamento do caso do golpe pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O próprio ex-presidente não descartou, em entrevista ao site UOL, que pode se refugiar em uma embaixada, caso tenha sua prisão decretada.

Em fevereiro, depois de ter seu passaporte apreendido, Jair Bolsonaro chegou a passar duas noites na Embaixada da Hungria, como revelou o jornal “The New York Times”. O ex-presidente não pode ser preso em uma embaixada estrangeira, já que o local está legalmente fora do alcance das autoridades nacionais. O primeiro-ministro da Hungria é Viktor Orbán, aliado do capitão reformado.

Urnas

Comandado por Valdemar Costa Neto, o Partido Liberal (PL) tinha em mãos um parecer técnico que negava fraude nas urnas eletrônicas, mas, mesmo assim, decidiu contestar na Justiça Eleitoral o resultado do segundo turno das eleições em 2022, quando o então presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) não se reelegeu.

O parecer técnico foi produzido pela Gaio Innotech Ltda, do empresário e estatístico Éder Lindsay Magalhães Balbino – chamado de “o gênio de Uberlândia” por Valdemar.

A empresa de Éder Balbino foi terceirizada pelo Instituto Voto Legal (IVL), que, por sua vez, foi contratado por R$ 1,5 milhão diretamente pelo PL para fazer o estudo que questionasse as urnas eletrônicas brasileiras.

No entanto, o presidente do IVL, Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, decidiu esconder as informações levantadas por Éder Balbino e manipular o relatório final apresentado pelo PL na Justiça Eleitoral para, assim, sustentar a tese de fraude.

Segundo a Polícia Federal, tanto Carlos Rocha, quanto Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro (foto em destaque) agiram “de forma dolosa” ao insistirem “na contestação formal do resultado das eleições perante o TSE”. “Os investigados, mesmo cientes da chance remota de êxito, adotaram a referida estratégia com a finalidade de servir de fundamento para a tentativa de golpe de Estado, que estava em curso”.

Essa é uma das conclusões que constam no relatório final da PF, que indiciou 37 pessoas, incluindo Valdemar, Bolsonaro e Carlos Rocha, pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. O sigilo do relatório foi derrubado na última terça-feira (26) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Em 22 de novembro de 2022, o PL apresentou a “Representação Eleitoral para Verificação Extraordinária” junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com objetivo de anular os votos do pleito.

À época, Valdemar Costa Neto e o presidente do IVL fizeram uma coletiva de imprensa. O então presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, rejeitou o pedido e multou o partido de Bolsonaro em quase R$ 23 milhões por litigância de má-fé.

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