Terça-feira, 12 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 30 de agosto de 2024
Antes que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, anuncie quem será o candidato que contará com seu apoio à sucessão da Casa, Marcos Pereira (Republicanos) vai tentar uma última conversa com Gilberto Kassab no intuito de que o presidente do PSD convença Antonio Brito a fechar um acordo. As informações são do colunista do jornal O Globo Lauro Jardim.
A outra tentativa que ocorreu esta semana em um jantar na casa de Rodrigo Maia acabou frustrada, já que Brito se manteve irredutível em sair da disputa, caso não se viabilize.
No jantar de segunda-feira (26), estiveram presentes: Marcos Pereira, Antonio Brito, Isnaldo Bulhões (estes três candidatos ao cargo), Odair Cunha, Baleia Rossi, Aguinaldo Ribeiro, Hugo Motta, entre outros. Dos principais candidatos, só não estava Elmar Nascimento.
Mesa Diretora
A Mesa Diretora é formada por 11 integrantes: um presidente, dois vice-presidentes e quatro secretários titulares. Além disso, os parlamentares elegem quatro suplentes.
As eleições internas dos deputados acontecem a cada dois anos. Desta forma, há duas composições da direção da Casa em cada Legislatura, que dura quatro anos.
Os 513 deputados federais têm direito a votar em candidatos para todos os cargos em disputa. O momento de ir às urnas, no entanto, é só uma das etapas de um processo marcado por negociações políticas e articulações partidárias.
O primeiro cargo a ser definido é o de presidente da Câmara. As eleições para as demais posições não ocorrem até que o ocupante do posto esteja sacramentado.
Qualquer deputado pode se candidatar à presidência — sem necessidade de indicação por partido ou bloco parlamentar. Porém, as chamadas candidaturas avulsas não costumam receber quantidade significativa de votos.
Todos os parlamentares têm direito ao voto nas disputas, em votação secreta e eletrônica. Para conquistar o cargo em disputa, o deputado deve receber os votos favoráveis de mais da metade da Casa.
Caso nenhum postulante consiga maioria, um segundo turno entre os dois mais votados é realizado. Entre estes, aquele que tiver melhor desempenho é eleito.
Para as outras posições, o regimento interno diz que a Mesa deve apresentar uma “representação proporcional dos partidos ou blocos parlamentares que participem da Câmara”. Ou seja, as maiores bancadas têm direito aos cargos mais relevantes.
Isso faz com que as legendas negociem entre si para organizar grupos partidários – os blocos parlamentares, formados somente para essas eleições internas. Quanto mais deputados um bloco tem, maior sua prioridade e prerrogativa para escolher os cargos que lhe convém.
Depois desse arranjo, a formação da Mesa é estabelecida. Os parlamentares só podem concorrer a cargos obtidos por seus blocos.
Não é possível, porém, que um mesmo bloco conquiste todas as posições titulares, independentemente da quantidade de parlamentares que o compõem. Isso porque o regimento garante que a Mesa tenha ao menos um deputado da minoria.