Será realizada e divulgada nesta semana, a nova pesquisa Genial/Quaest que vai medir a aprovação do governo Lula. A Quaest começou nessa segunda-feira (9) a ouvir presencialmente 2 mil eleitores de 16 anos ou mais em todo o País.
Em outubro, em sua pesquisa mais recente, a Quaest não mostrou um quadro agradável para o governo. Pela primeira vez desde junho de 2023 a avaliação positiva do governo não apareceu numericamente a frente da negativa: 32% a avaliaram positivamente enquanto 33% responderam que a classificavam como regular. Para 31%, a avaliação era negativa. Numa palavra, o quadro em outubro era de queda.
Agora, a Quaest está indo às ruas num momento que mistura más e boas notícias para o governo.
Entre as notícias ruins, o dólar a R$ 6 talvez seja a mais impactante. Já a queda da miséria e da extrema pobreza no Brasil em 2023 é uma boa nova, mas foi pessimamente explorada pelo próprio governo – uma avaliação, aliás, que é um consenso entre os aliados de Lula. A Quaest vai dizer o que vai prevalecer.
A pesquisa Genial/Quaest será divulgada uma semana após Lula dar um puxão de orelhas público na estratégia de comunicação do seu governo. Numa fala ao PT, na sexta-feira passada Lula disse:
“Há um erro do governo na questão da comunicação e sou obrigado a fazer as correções necessárias. Alguma coisa precisa ser mudada para que as pessoas tenham acesso àquilo que nós estamos fazendo. Nós não estamos conseguindo colocar as coisas que estamos fazendo. E essa é uma das minhas preocupações que quero começar a resolver no começo de ano e quero resolver junto com o partido.”
Uma crítica ao ministro Paulo Pimenta. Ainda que o seu nome não tenha sido citado, Lula não poderia ter sido mais explícito. Disse que quer resolver isso no começo do ano. Ou seja, está mais do que sugerindo que na reforma ministerial do começo de 2025, vai mexer na Secom.
Se Pimenta vai para outro ministério, como muita gente do entorno do Lula diz, uma vez que o presidente gosta do ministro, apesar das críticas ao trabalho dele; ou se será simplesmente demitido, é impossível dizer neste momento. O que se sabe é o marqueteiro da campanha do Lula, Sidônio Palmeira, tem sido mais procurado pelo Lula. Foi ele quem conduziu a comunicação da divulgação do pacote de gastos feito por Fernando Haddad há duas semanas.
Sidônio nunca quis participar diretamente do governo. Sempre preferiu manter suas atividades privadas e auxiliar Lula pontualmente, sempre que chamado pelo presidente. Porque convocado por Pimenta, nunca foi. Ao contrário, Pimenta sempre escanteou Sidônio. Pode ser que agora Lula o convença. Ou pode ser que a solução para a Secom seja um nome mais afinado com Sidônio. As informações são do jornal O Globo.