Quarta-feira, 18 de setembro de 2024

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Foto: Abr

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Daqui a alguns dias completará sete anos da reforma trabalhista. Aliás, poderíamos enquadra-lá como mais um caso de propaganda enganosa. Prática usual de uma parte da classe política e da elite econômica.

Por que carimbar como tal? 

Vale uma breve retrospectiva de sua trajetória e falsas promessas.

O PL foi uma iniciativa do governo Temer que previa oito modificações e em poucos meses saia do Congresso Nacional com mais de duzentas alterações na CLT.

Na época o relator do projeto e hoje Senador, Rogério Marinho, defendia que a dita era necessária, pois daria maior liberdade de negociação às empresas e sindicatos. Mais: a legislação em vigor a época era inibidora do desenvolvimento econômico.

E deu no que deu. A maior reforma da história foi promovida a toque de caixa sem debates mais profundos sobre os riscos sociais e econômicos que poderia produzir. E produziu. Um deles é gritante. O Brasil tem 38,9 milhões de trabalhadores informais, que é maior que o de formais (38 milhões). Dados do IBGE. Se for somado o número de informais mais os 8,6 milhões de desempregados, a taxa de desemprego seria de 43,7%.

Para que o leitor tenha uma ideia, o número de informais equivale mais do que a soma das populações de Portugal, Bélgica e Suécia.

Nesta semana e sete anos depois da reforma, uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (FGV-Ibre), revelou que 67,7% dos trabalhadores informais desejam voltar para a formalidade por conta da precarização.

As feridas dos que patrolaram os trabalhadores pilotando a “Reforma” está materializada nesse estudo da FGV:

– 75,6% dos autônomos mais pobres, que ganham até um salário mínimo, desejam CLT.
– 70,8% dos autônomos com renda de um a três salários mínimos, também querem trabalhar CLT.
– 44% dos autônomos que recebem até um salário mínimo são, em sua maioria, homens e negros.

Os dados demonstram que pessoas acabaram migrando para a informalidade por necessidade, não por desejo.

Voltando a propaganda enganosa,   pergunto: a onde está os 6 milhões de empregos prometidos? A onde estão os direitos e garantias dos trabalhadores que foram prometidas e anunciadas? O que foi prometido para os trabalhadores mais frágeis socieconomicamente, onde está?

Não resta nenhuma dúvida que,   mais uma vez, esses destruidores de direitos e da mobilidade social nos enganaram.

Aliás, pensam que nos enganaram.

Mais uma vez fizeram algo para que alguns poucos lucrem e milhões percam. Quem? Nós trabalhadores.

 

Gelson Santana, presidente do Sticc, Secretário Nacional da Ugt do setor da construção.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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