Sábado, 11 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de junho de 2020
Autoridades de saúde trouxeram más notícias nos últimos dias para Brasil e Estados Unidos, países que concentram o pior cenário da pandemia de coronavírus no mundo.
Mais de 126 mil pessoas já morreram nos Estados Unidos devido à doença — o maior número de óbitos do mundo. O Brasil vem logo atrás, com 58 mil mortos até esta terça-feira (30), segundo dados da Universidade Johns Hopkins.
Integrantes da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), braço regional nas Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS), disseram nesta terça-feira que o pico da epidemia no Brasil pode ser em agosto e que o País poderá ter mais de 80 mil mortes até lá.
Nos Estados Unidos, o médico Anthony Fauci, considerado o mais importante especialista em doenças infecciosas dos Estados Unidos e um dos principais integrantes da força-tarefa criada pela Casa Branca para responder à pandemia, disse nesta terça que o número de casos no país pode crescer ao ponto de haver 100 mil novos por dia.
Pico no Brasil em agosto
A Opas estima que, se as condições de combate ao vírus continuarem as mesmas, o Brasil só atingirá o pico da epidemia em agosto, quando poderá ter 88,3 mil mortes. A estimativa foi feita com base em modelos matemáticos que levam em conta uma série de cenários.
A diretora-geral da Opas, Carissa Etienne, disse, em coletiva de imprensa nesta terça, que “os números só serão esses se os países não mudarem suas respostas”, disse ela.
Etienne disse ainda que, se países decidirem abrir suas economias, isso deve ser feito com todas as medidas de cuidado, especialmente aumentar o número de testes, rastrear contatos de doentes, garantir o uso massivo de máscaras e a manutenção do isolamento social.
O diretor do Programa de Doenças Transmissíveis da Opas, Marcos Espinal, disse que a organização pediu diversas vezes ao Brasil que aumente a quantidade de teste de coronavírus e que mande uma mensagem coesa para a população.
“No Brasil, os governadores têm o poder de implementar as medidas e estão fazendo isso, mas se não há uma mensagem consistente, a população fica confusa. Estamos muito preocupados com isso”, afirmou Espinal.