Quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 22 de setembro de 2019
Até este domingo, Porto Alegre recebe a etapa inicial do Campeonato Sulbrasileiro de Jet Ski, com dois dias de competições. Trata-se da primeira vez em que uma disputa da modalidade tem como cenário a Orla Moacyr Scliar, entre a chamada “Rótula das Cuias” (bairro Praia de Belas) e a Usina do Gasômetro (Centro Histórico).
Participam do evento 60 pilotos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, além da Argentina e Uruguai. A abertura oficial foi realizada às 11h desse sábado, nas imediações do Parque da Harmonia – a grande fluxo de visitantes do Acampamento Farroupilha contribuiu para ampliar o público do torneio aquático.
A pontuação obtida pelos competidores é valida, ainda, para a terceira etapa do Campeonato Gaúcho de Jet Ski, que também ocorre neste fim de semana. Ao todo, são 11 categorias divididas entre os critérios de potência do veículo e experiência dos concorrentes. Os vencedores de cada categoria serão premiados com troféus.
O evento é realizado pela ARJS (Associação Rio-Grandense de Jet Ski), com apoio da Diretoria-Geral de Esportes, Recreação e Lazer da SMDSE (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esporte). Neste domingo, ao meio-dia, a organização do evento promove um “Arrancadão”, voltado ao público em geral que possui jet ski e deseja participar, desde que tenha habilitação e documentos do veículo atualizados.
A segunda etapa do Campeonato Sulbrasileiro está marcada para o dia 15 de novembro na cidade de Marechal Cândido Rondon (PR). Já a terceira fase será disputada em 16 de abril do ano que vem, em Balneário Camboriú (SC).
História
Veículo aquático pessoal também conhecido como “moto aquática”, o jet ski é utilizado tanto em competições desportivas quanto para atividades de lazer. A palavra advém da marca registrada da fabricante japonesa Kawasaki Heavy Industries. Em geral, a sua capacidade é para duas ou três pessoas (existem modelos para quatro ocupantes) e a potência vai até 310 HP (cavalos-de-força).
Diferente de outros veículos aquáticos (lanchas, barcos etc), o jet ski não possui leme: o direcionamento pelo piloto é efetuado por meio de jatos propulsores. Desse modo, só é possível mudar de direção quando acelerado.
O primeiro equipamento com essas características foi desenvolvido pela Vincent Motorcycles Company, da Inglaterra. Em 1955, chegou ao mercado um modelo produzido em fibra de vidro, o “Amanda Water Scooter”, assinado por uma pequena indústria que enfrentou problemas financeiros e encerrou suas atividades naquele mesmo ano.
Em fevereiro de 2012, a Kawasaki, fabricante das motos aquáticas da marca “Jet Ski”, novamente reclamou publicamente na mídia sobre o uso indevido e genérico no Brasil desse termo para se referir a todas a outras motos aquáticas de marcas diversas. Grande parte da mídia começou então a adotar a prática de se referir a essa embarcação como “moto aquática” ou “moto aquática pessoal”, evitando assim eventuais dano à imagem da detentora da marca.
No Brasil, a marca está registrada desde 1985 no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), enquanto em nível mundial esse procedimento ocorreu em 1973.
Em todo o País, condutor deve trajar colete salva-vidas, ter no mínimo 18 anos de idade e CHA (Carteira de Habilitação de Amador) na categoria de MTA (motonauta), emitida pela Marinha. A embarcação, por sua vez, precisa estar registrada em uma capitania dos portos ou delegacia regional para poder obter a licença de tráfego.
(Marcello Campos)