Terça-feira, 01 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 25 de maio de 2018
A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (25) uma nova redução no preço da gasolina nas refinarias brasileiras – a quarta baixa em quatro dias. O preço do litro da gasolina cairá 0,32% a partir deste sábado (26), passando de R$ 2,0160 para R$ 2,0096. Já o preço do diesel segue congelado em R$ 2,1016, conforme anunciado anteriormente.
Em maio, já foram anunciadas 12 altas e cinco quedas no preço da gasolina. A Petrobras adotou o novo formato na política de ajuste de preços dos combustíveis em 3 de julho do ano passado. Segundo a nova metodologia, os reajustes acontecem com maior frequência, inclusive diariamente, refletindo as variações do petróleo e derivados no mercado internacional e também do dólar.
Apesar do novo anúncio de redução no preço da gasolina nas refinarias, o repasse do corte para o valor pago pelos consumidores nas bombas não é garantido e pode demorar a chegar, uma vez que a decisão final é dos postos de combustíveis, que enfrentam uma crise de abastecimento em razão da paralisação dos caminhoneiros em todo o País.
Diesel
O governo federal anunciou que irá subsidiar o valor do diesel e que os reajustes nos preços passarão a ter periodicidade mínima de 30 dias. Na quarta-feira, a Petrobras já havia anunciado a redução de 10% no preço do diesel nas refinarias por 15 dias.
Segundo o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, o governo prevê repassar R$ 4,9 bilhões à estatal neste ano como compensação. Pelo acordo, a Petrobras irá definir um preço mensal para o diesel, que será fixado por 30 dias. O governo vai remunerar a Petrobras se o preço de mercado for maior que esse valor, usando recursos da União. Atualmente, o preço é corrigido diariamente.
A Petrobras avaliou o acordo como “altamente positivo e um ganho inquestionável para o País”. As ações da empresa desabaram na véspera, levando a companhia a uma perda de valor de mercado de cerca de R$ 45 bilhões em um dia, com os investidores temendo uma volta da ingerência política na estatal.
Etanol
Mesmo com o alto preço da gasolina, o etanol ainda não é uma boa alternativa para grande parte dos brasileiros. Com base no último levantamento médio de preços realizado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) antes da escassez de gasolina em razão da greve dos caminhoneiros, apenas em Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná e São Paulo é financeiramente mais vantajoso abastecer com o combustível renovável.
Esses cinco Estados concentram pouco mais de 50% da frota total de veículos do País, estimada em aproximadamente 97 milhões, conforme dados oficiais do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). Nas demais unidades da Federação, ainda vale mais a pena optar pela gasolina.