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Por Redação O Sul | 19 de setembro de 2019
Após a disparada no preço do petróleo provocada por ataques a instalações petrolíferas na Arábia Saudita, a Petrobras anunciou a seus clientes na quarta-feira (18) reajustes nos preços da gasolina e do diesel. O preço de venda da gasolina nas refinarias da estatal subiu 3,5%, ou R$ 0,0596 por litro. Já o preço do diesel teve alta de 4,2% (R$ 0,0916 por litro). Os novos valores entraram em vigor nesta quinta-feira (19).
O repasse às bombas depende de políticas comerciais de postos e distribuidoras. O valor cobrado pela Petrobras na venda de gasolina equivale a cerca de 30% do preço final. No caso do diesel, o valor de venda da empresa equivale a 50% do preço de bomba.
Na última segunda-feira (16), após aumento de 13% nas cotações internacionais – a maior alta diária desde 2008 – a estatal havia informado que esperaria o mercado se acalmar para definir por reajustes, com o objetivo de evitar repasses das volatilidades ao consumidor brasileiro.
Na terça-feira (17), após entrevista em que o governo da Arábia Saudita anunciou que a retomada da produção seria mais rápida do que o esperado, a cotação do petróleo tipo Brent, negociado em Londres e usado como parâmetro internacional, caiu 6,5%. Nesta quarta, caiu mais 1,8%.
Os ataques levaram à interrupção de uma capacidade de produção de 5,7 milhões de barris por dia, o maior corte da história, superando o ocorrido no segundo choque do petróleo, no fim dos anos 1970, quando o Irã suspendeu sua produção em meio à revolução islâmica.
No primeiro momento, gerou uma corrida por contratos futuros de petróleo, pressionando os preços. No domingo (15), o governo dos Estados Unidos chegou a autorizar o uso de reservas estratégicas para tentar conter a escalada.
Na segunda-feira, depois que analistas disseram que o cenário representava um teste para a autonomia da política de preços da estatal, a empresa divulgou nota dizendo que não faria ajustes à espera de melhor clareza sobre a situação.
A decisão foi anunciada primeiro pelo presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à TV Record. Bolsonaro disse que recebeu a informação do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. É o terceiro reajuste no preço do diesel este mês – o combustível já havia sido reajustado nos dias 5 e 13 de setembro. A gasolina não era ajustada desde o último dia 5.