Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 6 de novembro de 2018
O diretor financeiro da Petrobras, Rafael Grisolia, informou nesta terça-feira (6) que a companhia está avaliando os resultados da política de preços adotada para a gasolina, que prevê correção de preços para cima ou para baixo a cada 15 dias, em outros combustíveis, incluindo o óleo diesel. A informação foi dada durante teleconferência com analistas de mercado para a apresentação dos resultados financeiros da Petrobras, que fechou o terceiro trimestre com um lucro líquido de R$ 6,6 bilhões.
Desde setembro, a Petrobras adotou um mecanismo de proteção financeira que permitiu aumentar os intervalos dos repasses das variações internacionais do petróleo e do câmbio para os preços da gasolina em suas refinarias, para prazos de até 15 dias.
“Estamos numa curva de aprendizado na questão do hedge na gasolina, e achamos bastante adequada a experiência de períodos de até 15 dias. E continuamos fazendo análise desse mecanismo para outros produtos, incluindo o diesel’, destacou Rafael.
Uma eventual mudança na metodologia do reajuste do diesel só será adotada se a companhia assim decidir, após o fim da atual subvenção ao produto, que termina no dia 31 de dezembro.
GLP
A Petrobras reduzirá em 5,6 por cento o preço do GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) industrial e comercial, vendido nas refinarias em embalagens acima de 13 kg, a partir desta quarta-feira (7), em sua primeira queda desde março, informou a petroleira em seu site nesta terça.
Segundo a Petrobras, a política de preços para o GLP de uso industrial e comercial tem como base o preço de paridade de importação, formado pelas cotações internacionais destes produtos mais os custos que importadores teriam, como transporte e taxas portuárias, por exemplo.
Cálculos do Sindigás (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo) indicam que o valor do GLP industrial e comercial ficará 44 por cento mais caro do que o gás comercializado em embalagens de até 13 kg (gás de cozinha), segundo informaram em nota.
“A entidade reforça que a falta de uma política de preços para o GLP empresarial faz persistir essa diferença de preços entre o GLP residencial e o empresarial”, disse o Sindigás na nota.