Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 6 de novembro de 2018
A Petrobras reduziu nesta terça-feira (6) o preço médio da gasolina nas refinarias em 6,35%. É o maior corte já feito pela estatal desde o anúncio de uma política de reajustes até diários do combustível, em vigor desde julho do ano passado.
Com a alteração, o valor médio do combustível cairá para R$ 1,7293 por litro, o menor valor desde o R$ 1,7199 visto em 20 de abril, conforme informações do site da petroleira compiladas pela Reuters.
O movimento ocorre após a empresa já ter realizado um amplo corte em 31 de outubro, de 6,2%, o maior que havia acontecido até então.
O corte se dá em meio a uma valorização do real ante o dólar e também a um enfraquecimento das referências internacionais do petróleo, parâmetros utilizados pela companhia para a formação de preços dos combustíveis.
O preço médio do diesel, por sua vez, segue congelado devido ao programa de subsídios lançado pelo governo em junho, em resposta à histórica paralisação de caminhoneiros contra o alto preço do combustível.
Devido ao programa, a petroleira deve praticar o preço do diesel dentro de limite máximo estabelecido pelo governo, contando com ressarcimento de até R$ 0,30 por litro. O limite máximo é ajustado a cada mês.
Mais cedo, também na segunda-feira (5), a Petrobras anunciou um reajuste no preço do gás de cozinha comercializado em botijões de 13 quilos, usados em residências.
O novo preço de R$ 25,07 representa um aumento de 8,5% em relação ao valor vigente desde julho.
Trata-se de uma média nacional, sem contabilizar os tributos, nas refinarias da companhia — ou seja, o aumento poderá ou não ser repassado ao consumidor pelas distribuidoras.
Na cidade de São Paulo, por exemplo, o botijão deve ficar de R$ 3 a R$ 3,5 mais caro, segundo o sindicato das revendedoras. O preço médio na cidade atualmente é R$ 67,37, de acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo).
“A desvalorização do real ante o dólar e as elevações nas cotações internacionais do GLP [Gás Liquefeito de Petróleo] foram os principais fatores para a alta”, afirmou a estatal em comunicado à imprensa.
O novo valor também começou a valer nesta terça-feira (6). O reajuste tem variações, a depender do polo de suprimento.
A alta oscila entre 8,2% e 9%, segundo nota do Sindigás (sindicato das distribuidoras). O preço do botijão de gás passou a sofrer reajustes trimestrais em janeiro deste ano. Desde então, o preço sofreu um aumento acumulado de 2,8%.
O reajuste não se aplica aos botijões industriais, cujo valor é 52,4% mais alto do que o gás vendido a residências. Desde 2012, a estatal adota políticas de preços diferentes para os dois destinos do gás, política que foi iniciada com o objetivo de garantir menores valores para consumidores residenciais.