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Brasil A Petrobras reduz o preço do diesel e da gasolina em 5% em dia de queda do petróleo

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Repasse para o consumidor final não é garantido e depende de questões como a margem da distribuição e da revenda. (Foto: Geraldo Falcão/Petrobras)

A Petrobras informou nessa terça-feira (8), que reduzirá os preços médios do diesel e da gasolina em 5% em suas refinarias a partir desta quarta (9), na esteira de uma queda acentuada nas cotações de petróleo no mercado internacional.

Na semana passada, a estatal já havia reduzido o valor do diesel em 6% e o da gasolina em 3%.

A redução dessa terça foi anunciada depois que o preço do petróleo tipo Brent caiu mais de 5%, para menos de US$ 40 por barril, pressionado por preocupações sobre a demanda à medida que infecções por coronavírus aumentam no mundo.

O novo preço do diesel nas refinarias será de R$ 1,6255 o litro, o menor desde o início de julho. No caso da gasolina, a cotação ajustada será de R$ 1,6813, o menor patamar desde o fim de julho.

No ano, a queda acumulada passou para cerca de 30% no caso do diesel e para aproximadamente 12% para a gasolina, segundo dados da Petrobras compilados pela agência de notícias Reuters.

O repasse dos reajustas nas refinarias ao consumidor final nos postos, no entanto, não é garantido e depende de uma série de questões, como margem da distribuição e revenda, impostos e adição obrigatória de biocombustíveis.

Perfil de produção

Passado o pior momento da crise do setor de óleo e gás, a Petrobras está retomando o perfil de produção de derivados de petróleo em suas refinarias. Não só o processamento da matéria-prima aumentou, como o cardápio de produtos mudou e voltou ao que era fabricado antes de a cotação da commodity despencar no mercado internacional.

Em vez do óleo combustível marítimo, que nos primeiros meses de 2020 ajudou a empresa a fazer caixa, o óleo diesel, a gasolina e o gás liquefeito de petróleo (GLP), conhecido popularmente como gás de cozinha, voltaram à lista de prioridades da estatal.

Reforçando essa tendência, a utilização das refinarias em relação à capacidade autorizada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), saltou de 56%, em abril, para 75,5%, em junho. Desta forma, ficou próxima ao nível de janeiro, que era de 76,3%.

A indústria do petróleo entrou em crise em fevereiro, por conta de uma desavença da Rússia com a Organização dos Países Exportadores (Opep) sobre uma sobreoferta da commodity, o que fez com que a cotação do barril despencasse para a casa dos US$ 20. Em seguida, com o coronavírus e retração brusca da demanda, o petróleo chegou a ser vendido a valores negativos nos Estados Unidos. E, no Brasil, o coronavírus afetou, especialmente, a demanda por combustíveis utilizados em automóveis e aeronaves.

Para a Petrobras, abril foi o pior mês da crise. Para evitar prejuízos ainda piores em sua receita, a empresa aproveitou uma nova exigência regulatória internacional por um combustível marítimo mais limpo, como o que produz em suas refinarias a partir do petróleo do pré-sal, para ganhar espaço no mercado externo. A companhia petrolífera se viu obrigada, então, a transformar o perfil das suas refinarias para produzir óleo marítimo no lugar, em parte, da gasolina e do óleo diesel.

Bacia de Santos

A Petrobras deu início à fase vinculante referente à venda de 50% a 100% de sua participação, com passagem de operação, na concessão BM-S-51 na Bacia de Santos, conforme comunicado divulgado nessa terça.

Segundo a companhia, a concessão adquirida em 2005 e que está no primeiro período exploratório, fica localizada em lâmina d’água, que varia de 350 a 1.650 metros e cerca de 215 quilômetros da costa de São Paulo.

Os potenciais compradores habilitados para essa fase receberão carta-convite com instruções sobre o processo de desinvestimento, incluindo orientações para a realização de diligência prévia e para o envio das propostas vinculantes.

“Essa operação está alinhada à otimização do portfólio e à melhora de alocação do capital da companhia, visando a geração de valor para os seus acionistas”, afirmou a estatal.

A Petrobras é operadora com 80% de participação nesse ativo, em consórcio com a Repsol Sinopec Brasil que detém os demais 20%.

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https://www.osul.com.br/a-petrobras-reduz-o-preco-do-diesel-e-da-gasolina-em-5-em-dia-de-queda-do-petroleo/ A Petrobras reduz o preço do diesel e da gasolina em 5% em dia de queda do petróleo 2020-09-08
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