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A Petrobras reduz o preço do gás de cozinha em 2,8% a partir deste sábado

Auxílio será destinado às famílias inscritas no CadÚnico. (Foto: Marcello Casal/Agência Brasil)

A Petrobras vai reduzir os preços do GLP, tanto para uso residencial nos botijões de 13 quilos, como para uso industrial e comercial em 3% a partir deste sábado (8), em suas refinarias e base. Com isso a redução de preços nas refinarias será da ordem de R$ 0,85 por botijão.

Esta é a primeira alteração nos preços do GLP feita pela companhia neste ano. A última vez foi no dia 27 de dezembro do ano passado quando aumentou os preços do GLP em 5% em média.

Já a gasolina e o diesel tiveram quatro reduções de preços na refinarias neste ano, causadas, principalmente pela forte queda dos preços do petróleo no mercado internacional que vem sendo afetado pela epidemia do coronavírus.

A redução de preços dos combustíveis  nas refinarias da Petrobras é motivada principalmente pela forte queda dos preços do petróleo no mercado internacional por causa da ameaça à economia global da epidemia de coronavírus.

No início do ano, depois de um ataque dos Estados Unidos que matou o principal comandante militar do Irã, Qassem Soleimani, o petróleo chegou a bater US$ 70 o barril.

Nesta sexta-feira (7), o petróleo está sendo cotado no mercado internacional a US$ 54,75 o barril.  Por outro lado, a alta do dólar nos últimos dias também tem impacto negativo nos preços da Petrobras.

A estatal leva em conta o câmbio e as condições competitivas do mercado para formação de preços.

Greve dos petroleiros

Trabalhadores de diversas categorias e movimentos sociais manifestaram apoio à greve dos petroleiros durante ato realizado nesta sexta-feira (7) no Acampamento Resistência, em frente à sede da Petrobras, no Centro do Rio de Janeiro. A paralisação contra as demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR) completa uma semana e atinge 70 unidades da estatal em 13 Estados. Os participantes também prestaram solidariedade aos petroleiros que desde a última sexta-feira (31) ocupam uma sala no edifício-sede para forçar a direção da empresa a negociar.

O ato dos petroleiros contaria com a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não compareceu devido à falta de segurança no local, segundo os organizadores. Os participantes protestaram não apenas pelas mais de 900 demissões na Fafen-PR, marcadas para ocorrer ainda em fevereiro. Eles também denunciaram o desmantelamento da estatal, que anunciou a venda de oito refinarias, além da venda de subsidiárias, como a BR Distribuidora.

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) criticou o presidente Jair Bolsonaro pelo seu “total alinhamento e submissão” aos Estados Unidos. Jandira disse que o projeto de destruição da Petrobras atende a interesses externos, prejudicando o desenvolvimento nacional. “Há um planejamento que certamente não saiu da cabeça do Bolsonaro ou dos seus assessores. Esse planejamento vem de fora para dentro”, afirmou.

Pressão no Congresso

Devido à pressão dos trabalhadores e dos deputados da oposição, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se comprometeu a interceder ao presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, por uma negociação, informou Jandira. Ela também anunciou que a Câmara vai cobrar explicações da direção da Petrobras, depois de ela ter sido impedida de entrar na sede da estatal na última segunda-feira (3), uma violação às suas prerrogativas de parlamentar. “Cobramos publicamente que o presidente Maia ajude na negociação e faça cumprir o acordo coletivo de trabalho (ACT).”

Segundo Tezeu Bezerra, coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), que integra a  Federação Única dos Petroleiros (FUP-CUT), apesar da ofensiva jurídica promovida pelo governo, a greve vai continuar. “Na hora em que os petroleiros entram em greve, não tem governo que não trema nas bases. Por isso estão em conluio com a Justiça para tentar barrar a nossa paralisação. Essa luta é de todo mundo, de cada brasileiro que luta por um país melhor e mais democrático.”

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