Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 28 de novembro de 2018
A Petrobras receberá mais de 820 milhões de dólares pela venda de 37 campos produtores de petróleo nas bacias de Campos e Potiguar, informou a petroleira nesta quarta-feira (28). As informações são da agência de notícias Reuters.
Campos de produção terrestres
A maior parte do montante virá da cessão de 34 campos de produção terrestres na Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte, à empresa brasileira 3R Petroleum, por 453,1 milhões de dólares.
Esse negócio foi autorizado na véspera pelo Conselho de Administração da companhia, e a assinatura do contrato está prevista para 7 de dezembro, quando deverão ser pagos 7,5 por cento do valor total, ou 34 milhões de dólares – o restante será acertado no fechamento da operação, já com os ajustes devidos.
Conforme a Petrobras, as 34 concessões são campos maduros em produção há mais de 40 anos, com ampla dispersão geográfica, localizados a cerca de 40 quilômetros ao sul da cidade de Mossoró (RN). Os campos foram reunidos em um único pacote denominado Polo Riacho da Forquilha, cuja produção atual é de cerca de 6 mil barris de petróleo por dia.
Águas rasas
A outra transação anunciada pela estatal, de 370 milhões de dólares, envolve a venda dos campos Pargo, Carapeba e Vermelho, o chamado Polo Nordeste, na Bacia de Campos, localizados em águas rasas na costa do Rio de Janeiro.
A compradora será a empresa de origem europeia Perenco. O contrato foi assinado nesta quarta-feira, com 20 por cento do valor total, ou 74 milhões de dólares, já pagos – o restante também fica para quando a transação for concluída.
Sete plataformas
Atualmente, o sistema de produção desses três campos é integrado e consiste em sete plataformas do tipo jaqueta fixa, com produção atual de cerca de 9 mil barris de petróleo por dia, que é exportada via plataforma de Garoupa (PGP-1), seguindo através de oleoduto para o continente até o terminal de Cabiúnas.
Condições do contrato
Segundo a Petrobras, tanto a 3R Petroleum quanto a Perenco passarão a operar os ativos a partir do fechamento do negócio, que está sujeito ao cumprimento das condições precedentes previstas no contrato de compra e venda, tais como a aprovação da reguladora ANP e a obtenção das novas licenças de operação pelo Ibama.
A petroleira estatal também ressaltou que os acordos divulgados estão “em consonância com a sistemática para desinvestimentos” da companhia.