Sábado, 01 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de janeiro de 2020
A Polícia Civil gaúcha desencadeou na manhã dessa quinta-feira a segunda fase da operação “Educatio”, cujo foco é a venda de falsos diplomas de graduação e especialização em Porto Alegre. Foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão, bem como ordens de indisponibilidade para 100 imóveis e 17 veículos (a maioria de luxo), dentre outros itens. O objetivo é ressarcir as vítimas e impedir a continuidade do esquema.
Também foram apreendidos documentos, computadores, telefones, arquivos de computados e vários objetos, no âmbito da investigação de crimes como organização criminosa e lavagem de dinheiro por membros do grupo. O crime começou a ser apurado no final de 2016, a partir de denúncias de emissão de falsos documentos de conclusão de curso.
A 1ª Decor (Delegacia de Combate à Corrupção) do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) constatou, então, que os envolvidos forneciam diploma, mediante pagamento, a pessoas que jamais cursaram qualquer disciplina. Como se não bastasse esse fato, as instituições utilizadas não tinham autorização do Ministério da Educação para oferecer essas atividades.
Além das vendas de diplomas e ofertas indevidas de cursos, os investigados cooptavam “laranjas” para dar aparência de legalidade aos ativos gerados e evitar a vinculação se seus nomes à exploração do esquema.
Risco
De acordo com o delegado Max Otto Ritter, a repressão a esse tipo de prática é fundamental sobretudo por se tratar do setor da Saúde, o que oferece perigo adicional à população.
Isso porque a maioria dos documentos supostamente acadêmicos dizia respeito a essa área, o que acaba gerando grande risco à integridade física ou mesmo à própria vida de pessoas que serão atendidas por profissionais que sequer têm formação básica para o exercício da atividade.
(Marcello Campos)