Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 14 de abril de 2019
A PF (Polícia Federal) apreendeu no interior paulista aproximadamente meia tonelada de cocaína e um helicóptero avaliado em R$ 4 milhões, usado para transporte da droga, na operação Flying Low, deflagrada na manhã de sábado (13). Dois suspeitos foram presos, segundo informações da Polícia divulgadas no início da tarde.
Segundo a PF, a organização criminosa buscava a droga no Paraguai e a levava para o Estado de São Paulo. A aeronave não tinha autonomia para o percurso todo, então fazia uma parada para reabastecimento em um matagal ermo localizado na região de Presidente Prudente, onde os traficantes foram abordados pelos federais.
O objetivo da operação é combater a organização criminosa envolvida com tráfico ilícito de entorpecente, realizado por via aérea. As investigações duraram cerca de um ano.
Cerca de 25 policiais federias participaram do trabalho, contando com o apoio aéreo do Caop (Comando de Aviação Operacional) da PF e da PM (Polícia Militar). Também foram apreendidos veículos, arma e dinheiro em espécie.
No Twitter, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, comemorou o resultado da operação. “Vamos usar esse helicóptero contra o próprio trafico de drogas, como a lei permite”, disse.
Ação da PF
O dono da aeronave, Danilo Sousa Novais, a namorada de um traficante e o piloto, que inicialmente tinha fugido, foram presos. Uma outra pessoa fugiu e não foi localizada.
O helicóptero estava em um canavial de Prudente. Veículos de luxo foram apreendidos na capital paulista, na mesma operação.
Segundo o chefe da delegacia da PF em Presidente Prudente, Daniel Coraça Júnior, a operação Flying Low foi deflagrada com o objetivo de combater organização criminosa envolvida com tráfico de drogas realizado por vias aéreas. As investigações, que duraram cerca de um ano, contaram com “informações de outras forças policiais e de pessoas da região que viam as atividades estranhas”, informou.
A cocaína era transportada em um helicóptero. A organização criminosa fazia cerca de duas viagens por semana, em que buscava a droga no Paraguai e a levava para o Estado de São Paulo.
De acordo com o delegado regional de investigação, Marcelo Ivo de Carvalho, os suspeitos foram “autuados em flagrante pelo crime de tráfico internacional de entorpecentes e associação para o tráfico”. Ele informou que o patrimônio do grupo envolvido totaliza aproximadamente R$ 20 milhões e que o transporte da cocaína era remunerado na proporção de R$ 800 por quilo.
Como a aeronave, avaliada aproximadamente em R$ 4 milhões, não tem autonomia para o percurso todo, sempre fazia uma parada para reabastecimento em matagal ermo localizado na região de Presidente Prudente. O helicóptero usava um equipamento avaliado em R$ 1 milhão que permitia voos noturnos.
Também houve apreensões de armas, veículos e dinheiro em espécie. Diligências continuam para desarticulação da organização criminosa.
O nome da operação significa “voando baixo” e refere-se ao modo como era feito o deslocamento aéreo.