Sexta-feira, 10 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 14 de novembro de 2019
A PF (Polícia Federal) disse que desconhece o suposto “dossiê da orgia” que teria sido preparado contra o deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP), chamado de “príncipe” por aliados do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Em um vídeo enviado à imprensa na quarta-feira, o ex-secretário-geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, disse que Bolsonaro contou ter obtido o suposto documento de um delegado da PF e de um coronel do Exército. Mas ele não mencionou nomes.
As assessorias de imprensa da sede da PF em Brasília e da Superintendência no Rio de Janeiro dizem que não têm informações sobre o suposto documento e nem qual o delegado citado na conversa. Internamente, porém, integrantes da corporação ficaram incomodados pela PF ter sido relacionada ao caso.
Bebianno disse que foi informado pelo presidente que o dossiê teria imagens de Luiz Philippe participando de festas gays e de gangues que agridem moradores de rua, algo que o “príncipe” nega. Por isso, segundo o ex-aliado, Bolsonaro teria desistido de assumi-lo como candidato a vice-presidente.
Bebianno afirmou que a história era “tão esquisita, baixa e surreal”, que acordou atordoado. Depois disso, Luiz Philippe acabou sendo preterido pelo general Hamilton Mourão. Bebianno ainda desafiou o presidente a passar por um “detector de mentiras” com ele.
Na última terça-feira (12), durante uma reunião para anunciar que fundaria um novo partido, o presidente desabafou a parlamentares que estaria arrependido da escolha de Mourão e teria pedido desculpas ao príncipe.