Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de agosto de 2017
A PF (Polícia Federal), Polícia Judiciária Militar, Ministério Público Militar e AGU (Advocacia-Geral da União) deflagram na manhã dessa segunda-feira a Operação Reformados, para combater esquema criminoso voltado para a obtenção fraudulenta de licenças e reformas (aposentadorias) de militares, especialmente dos militares temporários.
Agentes federais e integrantes do Exército cumpriram um mandado de prisão preventiva, três mandados de condução coercitiva e dois mandados de busca e apreensão nas cidades de Novo Hamburgo e Canoas, onde um escritório de advocacia promovia o suporte para a proposição de processos judiciais que sacramentavam as fraudes.
A fraude consistia na apresentação de atestados médicos ideologicamente falsos, com indicação de doenças psiquiátricas e outros artifícios, para iludir a Administração Militar, a Justiça Federal e a Justiça Militar. O objetivo era manter militares temporários vinculados ao Exército para supostos tratamentos de saúde e, posteriormente, para obtenção da reforma militar.
Durante as investigações, diligências flagraram pessoas com diagnósticos incapacitantes para a vida militar, por problemas físicos ou psíquicos, em uma rotina normal de vida, inclusive com ocupações remuneradas, confirmando a fraude na obtenção das decisões judiciais por licença médica ou reforma militar.
Os crimes investigados são estelionato e falsidade ideológica, consistentes na encenação perante juntas médicas militares, propositura de ações com atestados médicos ideologicamente falsos, dentre outros subterfúgios. As investigações prosseguem para apurar o prejuízo causado e o número exato de pessoas envolvidas nas fraudes.