Sábado, 19 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 3 de setembro de 2018
O Ministério da Segurança Pública divulgou uma nota nesta segunda-feira (3) na qual informou que a PF (Polícia Federal) investigará mensagens que circulam no WhatsApp sobre uma suposta nova paralisação de caminhoneiros.
As principais entidades que representam a categoria – a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e a Associação Brasileira dos Caminheiros (Abcam) – já disseram que não apoiam uma eventual nova greve e afirmaram que uma imagem que circula nas redes sociais é de uma associação que não representa os caminhoneiros.
“Por determinação do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, a Polícia Federal investigará mensagens com informação falsa sobre uma suposta paralisação de caminhoneiros, que circulam por Whatsapp desde a madrugada do dia 3 deste mês”, diz a nota do ministério.
Na última sexta-feira (31), a Petrobras anunciou reajuste de 13% no preço do litro do óleo diesel. No sábado (1º), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou que, diante do aumento, atualizará os preços da tabela de fretes.
No domingo (2), o presidente da CNTA, Diumar Bueno, afirmou ao portal de notícias G1 que não há chance de paralisação entre os associados.
Ele afirmou, também, que nenhuma entidade sindical que coordenou e participou do movimento anterior está se organizando para uma paralisação.
“Nós não podemos a qualquer situação tentar promover movimento nacional de paralisação de caminhoneiros. Isso vai desvalorizar, desmerecer, perder a credibilidade para a categoria que teve o reconhecimento nacional da sua importância”, afirmou.
A Abcam, por sua vez, divulgou uma nota na qual afirmou que, independentemente do aumento do preço internacional, o governo deve cumprir a medida provisória nº 838/2018 e manter a subvenção de R$ 0,46 do valor do diesel até o final do ano.
“A Abcam se mantém vigilante no cumprimento do acordo realizado com o governo federal. A associação, que sempre acreditou no diálogo, fará o possível para evitar uma nova paralisação”, disse.
Procurada, a Casa Civil informou que o governo federal cumpre o que foi combinado com os caminhoneiros em maio e continua dialogando com a categoria.
Em nota, a pasta também informou que as ameaças de paralisação que circulam nas redes sociais não são dos líderes que comandaram a greve há pouco mais de três meses.
“Desmentida pela Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), entre outras representantes da categoria, as mensagens se enquadram na categoria de fake news e seus autores e veiculadores podem responder por crime contra a economia popular e por publicidade enganosa. Segundo a Abcam, áudios e imagens veiculadas nas redes são materiais antigos, dos protestos de maio, e voltaram a circular nesse fim de semana como se fossem atuais. Essas ações causam transtorno à população, prejuízo ao mercado produtor e de serviços, constituem grave fator de desestabilização e têm grande potencial para provocar desordem pública. Seus autores e veiculadores, portanto, estão sujeitos às consequências das legislações que classificam os crimes contra a economia popular e contra o consumidor”, diz a nota do ministério.