Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 8 de abril de 2019
A Receita Federal acionou a PF (Polícia Federal) para investigar o acesso a informações fiscais do presidente da República, Jair Bolsonaro, e de membros de sua família. Em nota oficial, o órgão informou que uma sindicância concluiu que dois servidores do órgão consultaram os dados sem motivação legal.
De acordo com o comunicado, além de avisar a PF, a Receita abriu processo administrativo para apurar a responsabilidade funcional dos envolvidos. O Fisco não informou quando ocorreu o acesso aos dados nem forneceu mais detalhes sobre o caso.
Confira o comunicado da Receita na íntegra: “A Receita Federal informa que, após identificar o acesso a informações fiscais do Sr. Presidente da República e de integrantes de sua família por dois servidores, o órgão abriu sindicância para apurar as circunstâncias em que esse acesso foi realizado. A sindicância concluiu que não havia motivação legal para o acesso e, por esta razão, a Receita notificou à Polícia Federal ao mesmo tempo em que iniciou procedimento correicional, visando apurar responsabilidade funcional dos envolvidos.”
Sobre ministros
O presidente Jair Bolsonaro deixou claro durante um café da manhã com jornalistas, na última sexta-feira (05), que está efetivamente disposto a conversar com caciques dos partidos do Congresso e atender algumas demandas, mas reafirmou que não irá trocar cargos pelo apoio parlamentar. Sem tergiversar, admitiu que parte das arestas com a classe política se deve à pouca intimidade de sua equipe com o parlamento. As informações são do jornal O Globo.
“A maioria dos ministros não tem nenhuma habilidade política. Vivência política. Alguns [presidente de partido] reclamaram de ministros, de bancos oficiais. O presidente da Caixa recebe umas 20 ligações e não tem como atender. Mas tem que ter alguém que atenda. Muitas vezes o pedido é uma coisa simples, às vezes cabe a ele só colocar uma assinatura”, pontuou.
O presidente disse ainda que a única preocupação real do governo hoje é na votação da reforma da Previdência. Um dos temores reinantes hoje no Congresso é justamente com a possibilidade de a relação entre Executivo e Legislativo piorar após o projeto prioritário do Planalto ser aprovado. “A não ser a Previdência, não temos outra medida que tenhamos de forçar a barra para aprovar”, destacou Bolsonaro.
Bolsonaro fez uma avaliação positiva da conversa com os presidentes de partidos na quinta-feira. Em busca de apoio para a aprovação da reforma da Previdência, ele recebeu os presidentes do PRB, PSD, DEM, PP, PSDB e MDB no Planalto. Para o presidente, eles entenderam a nova forma de fazer política que o novo governo quer implementar.