Quinta-feira, 24 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 4 de setembro de 2018
A presidenciável Marina Silva (Rede) disse que para ampliar o aborto para além do que está previsto na legislação, realizará plebiscito para ouvir a população. Ela disse que defende o plebiscito sobre o aborto desde 2010. Evangélica, ela afirmou que discorda da defesa do aborto como método contraceptivo, pelos traumas gerados para mulheres e bebês. A afirmação aconteceu durante sabatina promovida pelo jornal Folha de S. Paulo, UOL e SBT.
“Isso eu tenho dito desde 2010. Eu sou contra o aborto (…) O que eu tenho defendido desde 2010 é que se for para ampliar além do que já existe que seja feito um plebiscito”, afirmou a candidata.
Em 2010, em entrevista ao programa Roda Viva, Marina disse o seguinte: “Eu já respondi essa questão várias vezes: eu pessoalmente tenho uma posição contrária ao aborto e defendo que se faça um plebiscito para as propostas hoje debatidas que não são previstas em lei”.
Sistema único para segurança pública
Marina Silva defendeu a criação de um Sistema Único de Segurança Pública para lidar com o que chamou de exportação das facções criminosas entre os Estados. A candidata também defendeu a implementação de políticas públicas para gerar oportunidades e afastar crianças e jovens do tráfico de drogas.
Vices
A presidenciável Marina Silva disse que não é contra a participação de Fernando Haddad nos debates, desde que o PT o assuma como candidato à Presidência no lugar de Lula.
“Não tenho nenhum problema, uma vez que se transforme em candidato”, afirmou.
Ela disse que precisou cancelar compromissos de campanha para participar da sabatina promovida pela Folha, UOL e SBT e questionou se poderia mandar seu vice, Eduardo Jorge, para o compromisso, o que não foi permitido. Marina afirmou que permitir a participação de Haddad como vice-presidente seria criar uma situação de dois pesos e duas medidas. “Por que um pode e o outro não pode?”.
Questionada se Eduardo Jorge (PV), vice-presidente na chapa da Rede à Presidência será uma figura meramente decorativa, Marina Silva respondeu que hoje os vices têm manifestado muito suas posições e que caminhará lado a lado com Eduardo Jorge caso eleita.
Promessômetro
Marina Silva também criticou os rivais que “abrem a janela do promessômetro” em época de campanha, usando “discurso fácil” para atrair o eleitor.
“Acho que tem uma situação bastante complexa no Brasil. Existem aqueles que fazem o discurso fácil. E é muito difícil fazer política dizendo: ‘vamos ser ponderados’, ‘não é bem assim'”, afirmou a ex-senadora.
“Eu fico vendo que na hora da eleição as pessoas abrem mão dos princípios, abrem a janela do promessômetro e aí o céu é o limite”, continuou. “Eu não. Eu quero ganhar ganhando, porque a forma como a gente ganha determina a forma como a gente governa.”