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Economia A prévia da inflação, medida pelo IPCA-15, desacelerou para 0,34% em dezembro após alta de 0,62% no mês anterior, segundo dados divulgados pelo IBGE

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A alta menos intensa do IPCA-15 em dezembro se deve ao alívio na conta de luz devido à mudança da bandeira amarela para verde. (Foto: ABr)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, fechou o ano com uma taxa de 4,71%. O índice é semelhante ao registrado em 2023 (4,72%), ficando acima do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é 4,50%, diz IBGE.

A prévia da inflação desacelerou para 0,34% em dezembro após alta de 0,62% no mês anterior, segundo os dados divulgados pelo IBGE nessa sexta-feira (27). No ano, o índice fechou em 4,71%, o menor patamar desde 2020. A meta é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Quando a taxa estoura o teto, ou seja, 4,5%, o presidente do Banco Central é obrigado a divulgar uma carta aberta explicando os motivos de não ter cumprido o objetivo fixado para o ano.

Conta de luz

A alta menos intensa do IPCA-15 em dezembro se deve ao alívio na conta de luz devido à mudança da bandeira amarela para verde, quando não há cobrança extra na conta de luz. Com isso, a energia elétrica residencial recuou 5,72% em dezembro.

O grupo Habitação, no qual está incluído o gasto com eletricidade, recuou 1,32% no mês. Foi a maior queda entre os grupos pesquisados.

Os preços das passagens e da gasolina surpreenderam. A alta do bilhete foi de 4,43%, menos que o esperado. E o combustível ficou estável (-0,01%). Isso também contribuiu para o freio no índice.

8% nos alimentos

Por outro lado, os preços dos alimentos subiram e pesaram no resultado. O grupo Alimentação e bebidas subiu 1,47% no mês. No ano, o salto foi de 8%, com avanço de carnes, azeite e café, por exemplo.

A maior pressão veio da alimentação no domicílio, que registrou variação de 1,56% em dezembro, com aumentos do óleo de soja e carnes. A alimentação fora do domicílio, por sua vez, acelerou 1,23%.

“Ainda acreditamos que o choque de proteínas no atacado terá efeito continuado nos preços ao consumidor, porém de forma menos intensa no primeiro trimestre de 2025”, escreveram Andréa Angelo, Guilherme Gomes e Viniccius Valentim, da Warren Investimentos. “Entendemos que segue o jogo de continuidade da percepção de piora da inflação”, complementaram.

O IPCA-15 é uma prévia do IPCA, índice oficial de inflação. Ele capta a variação dos preços entre a segunda metade do mês anterior e a primeira metade do mês de referência. No caso do indicador de dezembro, a apuração ocorreu de 13 de novembro a 12 de dezembro.

Já a coleta dos preços no IPCA ocorre somente ao longo do mês de referência do levantamento. Por isso, o resultado de dezembro ainda não está fechado. Será publicado pelo IBGE no dia 10 de janeiro.

De qualquer forma, os números mostram que o cenário para 2025 continuará a ser de pressão sobre os preços, o que deve manter o ciclo de aperto monetário pelo Banco Central. As informações São do jornal O Globo.

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