Terça-feira, 22 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 6 de novembro de 2018
Após críticas por só indicar homens para a equipe de transição, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) deverá nomear de três a cinco mulheres para integrar o grupo, que totalizará 50 pessoas. Os nomes deverão ser publicados no Diário Oficial da União até esta quarta-feira.
O primeiro integrante do sexo feminino a ter o seu nome antecipado para a próxima lista é o uma coronel do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal. Márcia Amarílio da Cunha Silva já participa das reuniões no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), onde se reúne a equipe, e sua nomeação deve ser publicada nos próximos dias.
Ela é assessora parlamentar do Conselho de Corpos de Bombeiros. Ela é especialista em segurança pública e chegou ao time de Bolsonaro por meio de um grupo formado por generais da reserva, comandado por Augusto Heleno, indicado como ministro da Defesa.
A primeira leva, porém, não teve nenhum nome feminino. Em edição-extra na segunda-feira, o Diário Oficial da União trouxe a nomeação de 27 homens. O grupo é coordenado pelo ministro extraordinário Onyx Lorenzoni e está dividido em dez áreas temáticas, número que pode aumentar no decorrer do trabalho.
A agenda de Bolsonaro para esta quarta-feira prevê que ele participe de uma reunião com a equipe no CCBB. O presidente eleito chegou a Brasília na manhã dessa terça-feira, a fim de participar de uma sessão solene no Plenário do Congresso Nacional, alusiva aos 30 anos de promulgação da Constituição Federal. Ele deve retornar à noite para o Rio de Janeiro.
Sérgio Moro
O juiz federal Sérgio Moro, indicado para o Ministério da Justiça e Segurança Pública pelo presidente eleito, deverá ganhar um cargo na transição. Em férias, ele deve estar em Brasília já nesta quarta-feira para as primeiras reuniões com o futuro governo. Não está certo se o magistrado será “voluntário” ou ganhará um cargo com remuneração – ele teria de abrir mão do salário de juiz para isso.
Outros nomes deverão ser anunciados para integrar a equipe de transição nos próximos dias, entre eles o engenheiro Marcelo Sampaio Cunha Filho, servidor público lotado na Casa Civil, e o ex-presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) Elifas Chaves do Amaral.
Os integrantes remunerados vão receber salários de R$ 2.585 a R$ 16.215. O futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), foi designado coordenador da transição. Também foram nomeados para essa etapa os futuros ministros da Economia, Paulo Guedes, da Defesa, Augusto Heleno, e da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes. Eles atuam como coordenadores dos grupos temáticos correspondentes às suas áreas.
Foram montados dez grupos temáticos que incluem áreas como modernização do Estado, saúde e desenvolvimento social. Várias equipes já tiveram reuniões ontem ao longo do dia no CCBB, por onde passaram Lorenzoni, Pontes e representantes do grupo de economistas que assessora Paulo Guedes, como Adolfo Sachsida e Alexandre Iwata.
Responsável pela área de educação, o tenente-coronel da reserva Paulo Roberto também reuniu equipes no local. Nesta quarta, o presidente eleito Bolsonaro e o “superministro” Guedes também terão reuniões com as equipes de transição no CCBB.