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Brasil A prisão de professor em escola de elite de São Paulo mostra que os pedófilos não têm um perfil definido

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A criança relatou que o crime se repetiu por aproximadamente sete vezes. (Foto: Reprodução)

A prisão de um professor de história de uma escola de elite de São Paulo acusado de produzir imagens das partes íntimas de suas alunas reforça aquilo que especialistas em abuso e exploração sexual infantil sempre dizem: pedófilos não têm perfil definido.

Ainda que abusadores de crianças e adolescentes tendam a buscar atividades e circunstâncias que facilitem seu acesso a vítimas, as diversas fases da operação “Luz da Infância” já prenderam médicos e engenheiros, economistas e frentistas, empresários e policiais.

Jovens ou idosos, pobres ou ricos, analfabetos ou pós-graduados —só se sabe que os perpetradores de violência sexual contra crianças são majoritariamente homens e, em geral, não levantam suspeitas. Sabe-se também que na maioria dos casos, os abusadores são pessoas próximas do círculo íntimo de suas vítimas. Ainda não foi esclarecido se as meninas filmadas pelo professor sabiam que suas genitálias estavam sendo registradas em imagens.

Crianças e adolescentes que sofrem abuso e exploração sexual, no entanto, costumam dar sinais de que algo não vai bem. Especialistas alertam que mudanças bruscas de comportamento são o principal indício a ser investigado. Irritabilidade, agressividade, autoflagelação e urinar na cama ou nas roupas também são sinais de alerta.

Estudos apontam que a educação sexual é protetiva para crianças. Segundo o relatório “Out of the Shadows”, elaborado pela revista britânica The Economist com apoio da World Childhood Foundation e da Oak Foundation e divulgado no ano passado, a discussão sobre sexualidade e gênero aumenta a capacidade de um país de proteger suas crianças.

Entenda o caso

A polícia prendeu na terça-feira (18) um professor de um colégio de elite na Zona Oeste de São Paulo acusado de produzir e armazenar pornografia infantil. Ele teria captado imagens das genitálias de meninas menores de idade em sala de aula, vestindo a saia do uniforme escolar, por meio de câmeras camufladas em caixas de remédios com pequenos furos.

Segundo os investigadores, o professor de história e de teatro Ivan Secco, de 54 anos, foi autuado em flagrante em sua casa. Ele leciona há 20 anos. A polícia ainda investiga se há indícios de outros crimes, como compartilhamento de pornografia infantil ou estupro de vulnerável.

“Essas câmeras ela colocava embaixo da carteira, se alguém olha é uma caixa de medicamento, no chão, e ele faz com que elas passem, elas se abaixavam achando que era algum tipo de exercício corporal pra se soltar no teatro”, diz Ivalda Oliveira Aleixo, delegada da Divisão de Capturas.

“Ele simulava uma peça de teatro pra pegar a melhor posição com as caixinhas de remédio que ele espalhava por ali”, completa o delegado do Departamento de Operações Policiais Estratégicas, Osvaldo Nico Gonçalves.

Os vídeos e fotos eram armazenados em dois notebooks, HDs externos, pen drives e na câmera utilizada para as filmagens ao longo de três anos. Preso em casa, o suspeito informou que as gravações foram feitas no colégio e indicou a sala de aula onde lecionava, onde foi encontrada uma parte do material usado para a produção e armazenamento das imagens. Segundo a polícia, os diretores do colégio acompanharam a busca na sala de aula, que seria de uso exclusivo do professor detido.

De acordo com a a delegada que cumpriu o mandado de busca e apreensão na casa do professor, ele chegou a pegar uma tesoura quando viu a polícia. Ele confessou que era doente e que tinha muito material na escola, ainda segundo a responsável pelo caso.

Em nota, a St. Nicholas School afirma que o professor “está definitivamente afastado do quadro docente” e que os fatos “não isentam a St. Nicholas School de rever seus processos internos e aferir suas possíveis falhas – com senso crítico acurado na busca de maior segurança para todos” (veja a íntegra da nota abaixo).

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https://www.osul.com.br/a-prisao-de-professor-em-escola-de-elite-de-sao-paulo-mostra-que-os-pedofilos-nao-tem-um-perfil-definido/ A prisão de professor em escola de elite de São Paulo mostra que os pedófilos não têm um perfil definido 2020-02-19
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