Quinta-feira, 17 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 30 de novembro de 2015
A prisão do líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), e do banqueiro André Esteves, dono do BTG Pactual, precipitaram o avanço da Operação Lava-Jato em sua investida sobre o Palácio do Planalto como origem do esquema sistematizado de corrupção no governo, desde o início do primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003.
Delcídio é apontado como um elemento de ligação entre as gestões de Lula (2003-2010) e a atual, da presidenta Dilma Rousseff, iniciada em 2011, com a Petrobras, onde fez carreira antes de entrar na política. Se contribuir com a força-tarefa, o senador poderá ajudar a esclarecer quem, como e com qual finalidade montou e operou o esquema de corrupção e desvios na estatal.
Com quase dois anos de apurações ostensivas, a força-tarefa adotou a tática de avançar as frentes de apuração conforme o surgimento de pistas e provas a cada nova etapa deflagrada. A suposta tentativa de Delcídio e de Esteves de comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró surgiu como um avanço inesperado da Lava-Jato em direção ao núcleo de comando político do esquema.
Um movimento que ainda estava distante dentro da estratégia da força-tarefa e que pode comprovar que, mesmo com a operação deflagrada em março de 2014, a estrutura de corrupção continuou a atuar na Petrobras e em outros setores do governo. (AE)