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Ali Klemt A pureza da resposta

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(Foto: Freepik)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Comecei a ser chamada de defensora das crianças. Não foi premeditado, mas é mais do que natural: como qualquer mãe, sou apaixonada não só pelos meus filhos, mas pela beleza que é a infância. Não existe nada, absolutamente nada, mais puro e elementar como a infância. E, quando diante de qualquer ato que a macule ou a desrespeite, eu me ponho como uma leoa a defender o pequenos. Não é “tipo”, é apenas a atitude que espero de qualquer adulto normal.

Enquanto criança, o ser humano é essencialmente bom. Eu acredito nisso. É a sociedade que nos corrompe. É a briga de egos, a luta pelo poder, a procura pelo espaço. O tempo vai nos ajudar ensinando não a ser egoístas para conseguir comer, mas a ser esperto para sobreviver aos demais.

Talvez essa seja a história da humanidade. E estaria tudo bem se apenas perdêssemos a inocência com o tempo. Porém, há quem faça mal a crianças. Que as maltrata. Isso, eu não só não entendo, como não perdoo.

Quando nasce um bebê, não há nada, absolutamente nada mais que ele precise além de alimento – e amor! A comida é necessária para sobreviver, mas o amor é indispensável para…viver! Só o amor, efetivamente, edifica uma pessoa. Você não precisa de um quarto decorado, brinquedos modernos ou roupas da moda. Nada disso. Você nasce e só precisa de… amor.

É por isso que fico louca quando vejo injustiças ou, pior!, crueldades com crianças. Porque é o ato mais covarde que alguém pode cometer.

As crianças são a inocência do mundo, e fazer o mal, de forma consciente, a qualquer uma delas é o ato mais desumano que pode existir. As crianças são a essência da nossa humanidade, a nossa raiz elementar . Na minha mente, não há qualquer – absolutamente qualquer! – justificativa. Quem maltrata uma criança é bicho ruim.

Os cinco primeiros anos da nossa vida são fundamentais para o que nós tornaremos, e daí a importância de apresentarmos os bons valores, a razão da vida, as diretrizes de pensamento e, enfim, a base para que, a partir daí, esse ser se torne, enfim, humano. Cuide com carinho e estimule com consciência as suas crianças. A partir daí, inicia um mundo de descobertas, cujos parâmetros éticos estabelecidos até então começam a servir de trampolim para a vida. Mas a verdade é que, ainda assim, é o orgulho e o amor dos pais que procuramos.

Pequenos, ainda admitimos isso. Adultos, achamos que não, mas assim o é por toda a vida. Quantas vezes você pensou nos seus pais ao conseguir alcançar uma conquista?

Dia desses, meu pai me disse que se orgulhava de mim. A pequena Aline dentro de mim se refestelou de amor! Era tudo o que eu queria ouvir! E porque? Porque, se eu já tenho tudo?

Porque não deixamos de ser crianças jamais! Crescemos por fora, botamos carapuças, adotamos estilos e criamos a nossa realidade – mas, lá no fundo, somos todos crianças carentes pelo amor daqueles que mais amamos. E, claro, somos almas prontas para sermos felizes.

Somos todos a crianças que habita em nós, com nossa pureza, nossa ingenuidade. Precisamos mergulhar na essência de nós mesmos e enaltecer o que somos, fundamentalmente. E sorrir e amar e brincar e levar, enfim, isso tudo menos a sério. Porque, afinal, é apenas a jornada e a forma como a vivemos que importa.

Seja criança. Não cresça. Nunca.

@ali.klemt

 

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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