Domingo, 29 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 11 de agosto de 2018
Um ônibus caiu em um abismo neste sábado (11) no Peru. A queda do veículo deixou 8 mortos e 40 feridos próximo da cidade de Huánuco. A causa do acidente é investigada, segundo a agência oficial Andina.
O veículo da empresa Leoncio Prado saiu da localidade amazônica de Pucallpa e seguia para Huánuco por volta das 0h15 do horário local (2h15, pelo horário de Brasília).
O motorista perdeu o controle da direção em uma curva perigosa, e o ônibus caiu, dando voltas, 150 metros costa abaixo. Após a queda, o ônibus ficou preso entre a vegetação.
O acidente teria acontecido por “uma falha mecânica e excesso de velocidade”, relatou o “Canal N” de televisão, do local do acidente, citando testemunhas.
Policiais, bombeiros e moradores locais participaram do resgate das vítimas, segundo imagens da emissora.
O motorista está entre os mortos, afirmou a agência de notícias estatal Andina, acrescentando que o ônibus ficou destruído. Os feridos foram levados a um hospital na cidade de Tingo María.
Assassinado sacerdote jesuíta na região amazônica do Peru
O sacerdote jesuíta padre Carlos Montes Rivadiet, 73 anos, foi encontrado morto, algemado e com sinais de violência na manhã de sexta-feira, em uma sala de aula do Colégio “Fé y Alegría”, da Comunidade indígena de Yamakentsa, em Imaza, Peru.
O religioso jesuíta, diretor da escola por 30 anos, era muito querido pelos nativos da região norte da selva amazônica.
Após o assassinato, os jesuítas da localidade divulgaram um comunicado, onde expressaram “perplexidade e tristeza pela morte do padre Carlos”, como também rejeitaram “todas as formas de violência”.
“Esperamos que as autoridades possam esclarecer as causas e as circunstâncias da morte do missionário jesuíta”, disseram os religiosos.
Dos seus 73 anos, o sacerdote de origem espanhola dedicou 38 a serviço dos povos indígenas da região amazônica.
Segundo a rádio local RPP, o diretor do colégio havia sido ameaçado de morte por um aluno, pois havia sido expulso da escola.
A Conferência Episcopal Peruana, através do arcebispo de Trujillo, Dom Miguel Cabrejos Vidarte, deplorou o falecimento do sacerdote jesuíta.
O sacerdote, conforme nota dos bispos peruanos, “dedicava-se à educação das famílias das comunidades autóctones da Amazônia”.
Os prelados peruanos expressaram seus pesar a todos os membros da Companhia de Jesus, de modo especial ao Provincial dos Jesuítas, Padre Juan Carlos Morante.
Por fim, a Conferência Episcopal Peruana também solicitou às autoridades locais para esclarecer o acontecimento e descobrir os responsáveis.
Também a Repam (Rede Eclesial Panamazônica) expressou “seu profundo pesar” pela morte do sacerdote.
Tendo chegado no Alto Marañon em 1980, o sacerdote era muito querido pelos cidadãos da região, especialmente entre os membros das comunidades awajún e wampis, diz um comunicado da Repam.
Segundo os religiosos, a vida de padre Carlos na missão jesuíta na Amazônia deixou um legado de entrega, compromisso e responsabilidade. “Um serviço de amor compartilhado e vivido junto aos povos originários, com quem foram forjados projetos de futuro”, diz a nota, que termina afirmando que os projetos serão continuados por aqueles que trabalharam junto dele.