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A reação de Bolsonaro à troca de afagos entre Lula e o governador Tarcísio

Um dos fatores da queixa do entorno de Bolsonaro sobre os afagos entre Tarcísio e Lula foi o timing político dos gestos. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O clima amistoso e a troca de gentilezas entre Lula e Tarcísio de Freitas em um evento em Santos (SP), na quinta-feira, chamou a atenção de Jair Bolsonaro.

Aliados do ex-presidente relataram que ele mostrou surpresa com o tom da troca de elogios e passou o recibo de que não gostou do que viu. O ex-presidente, no entanto, sinalizou que não pretendia escalar o episódio e evitou fazer críticas abertas ao governador de São Paulo, pelo menos até a noite de quinta-feira.

Um dos fatores da queixa do entorno de Bolsonaro sobre os afagos entre Tarcísio e Lula foi o timing político dos gestos. As falas de cortesia aconteceram em meio à investida da gestão de Donald Trump contra o Judiciário e ao governo brasileiros, estimulada pelos bolsonaristas. Aliados do capitão reformado destacam que Tarcísio teceu elogios a Lula em um momento no qual a oposição tenta colar a imagem de autoritarismo no governo.

— O dia de hoje é muito especial. Presidente, eu quero agradecer o senhor porque, desde o início das nossas conversas, colocou esse túnel como prioridade — afirmou Tarcísio. — O senhor falou: “Não está na hora de ter disputa política, temos que atender o cidadão”. É o que estamos fazendo hoje aqui — disse Tarcísio.

Lula também fez gestos ao governador de São Paulo e afirmou que eles não foram “eleitos para brigar”, para “fazer desaforo com os outros”, mas para compartilhar esforços.

— Tem gente do lado do Tarcísio que não gosta de vê-lo do meu lado, e tem gente do meu lado que não gosta de me ver ao lado dele. A gente tem que ter consciência que tem só um lado, atender bem o povo de São Paulo e do Brasil. Esse é o nosso lado e o nosso compromisso, o restante a gente deixa passar — afirmou o petista.

Pesquisa próximas eleições

Nova rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (26), aponta que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) perderia para Jair Bolsonaro (PL) em um cenário de segundo turno das eleições de 2026 em seis dos oito estados analisados. Já Tarcísio de Freitas (Republicanos) venceria o atual presidente em cinco estados.

A pesquisa Quaest foi realizada presencialmente com eleitores de 16 anos ou mais entre 19 e 23 de fevereiro, com amostras de 1.104 a 1.482 entrevistados por estado. A margem de erro é de três pontos percentuais para a maioria dos estados e de dois pontos para São Paulo. As informações são dos portais O Globo e InfoMoney.

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