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Por Redação O Sul | 15 de maio de 2020
Com quase 921 mil hectares até esta semana, os produtores gaúchos de arroz concluíram a colheita de 98,5% do total semeado no Rio Grande do Sul. A produtividade média, de 8,41 toneladas por hectare, deve garantir à safra 2019-2020 um recorde histórico em 99 anos, já que o governo do Estado começou a contabilizar os dados sobre o segmento em 1921.
As informações são do Irga (Instituto Riograndense do Arroz). Desde então, o melhor índice havia sido obtido na safra de 2017-2018, com 7.917 quilos por hectare.
Agora, um estudo providenciado pela Dater (Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural) da entidade situa a Fronteira-Oeste como a região mais próxima do encerramento, com 99,9% da área colhida e uma produtividade de 9,25 toneladas por hectare, maior resultado em território gaúcho.
A Zona Sul é outra área de destaque, com 99,6% e produtividade de 8,72 toneladas por hectare. A Região da Campanha vem logo a seguir, com 99,1% da área já colhida e produtividade de 8,3 toneladas por hectare. As demais áreas apresentam os seguintes desempenhos:
– Planície Costeira Externa: 98,9% da área colhida e produtividade de 7,37 toneladas/hectare;
– Planície Costeira Interna: 97,9% do previsto e 7,71 toneladas/hectare;
– Região Central: 93,7% já colhidos e 7,81 toneladas/hectare.
A produção gaúcha deve encerrar esta safra com um desempenho de aproximadamente 7,7 milhões de toneladas. O levantamento da autarquia tem por base informações fornecidas pelos produtores vinculados aos Núcleos de Assistência Técnica e Extensão Rural do Instituto até a última quarta-feira, 13 de maio.
Estiagem ajudou
Ainda de acordo como Irga, a estiagem no Rio Grande do Sul favoreceu o avanço das colheitas de arroz e de soja, diferente do que aconteceu em setores como a pecuária, devido à falta de chuva para o estabelecimento, recuperação das pastagens e o abastecimento de alguns centros urbanos e rurais, devido ao baixo nível dos reservatórios.
(Marcello Campos)