A partir desta quarta-feira, a SES (Secretaria Estadual da Saúde) realiza uma pesquisa para compreender os motivos do baixo índice de adesão à vacinação infantil no Rio Grande do Sul. De acordo com o órgão, até o fim do mês devem ser entrevistados mais de 1,3 mil pais ou responsáveis por crianças de até 6 anos e que não tenham recebido ao menos uma imunização do calendário básico.
Os resultados do estudo têm divulgação prevista para outubro. As informações obtidas poderão servir de subsídio para futuras ações e campanhas, a fim de resgatar as coberturas pelas doses imunobiológicas, que mesmo gratuitas têm a sua procura reduzida em todos os Estados, ficando abaixo das metas estabelecidas pelo PIN (Programa Nacional de Imunizações) do Ministério da Saúde.
A preocupação das autoridades municipais, estaduais e federais do setor se justifica principalmente pelo risco de aumento da mortalidade infantil. Isso porque os pimpolhos que não recebem as injeções e gotinhas são mais suscetíveis a doenças, algumas delas graves ou que podem deixar sequelas.
Metodologia
De acordo com a SES, as entrevistas serão realizadas de forma presencial, com as abordagens na rua. Os encarregados da tarefa portarão documento de identificação do Instituto de Pesquisa Amostra (crachá com nome e foto) e tablets para a aplicação do questionário.
Eles avaliarão com os pais se as crianças pelas quais são responsáveis receberam as 12 vacinas previstas no calendário básico infantil, como a tríplice viral, BCG, pólio e influenza. Dentre os possíveis motivos para a não vacinação que serão avaliados estão questões como o desconhecimento do calendário, “fake news” contrárias às vacinas e o tradicional medo de que a imunização acarrete reações adversas.
(Marcello Campos)