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A síndrome que aflige a cantora Lady Gaga atinge até 4% da população mundial, que se queixa de descaso e bullying

Lady Gaga teve que cancelar a apresentação que faria no Rock in Rio deste ano em razão das fortes dores que sentia.(Foto: Reprodução)

Quem sofre com fibromialgia precisa lidar com o preconceito de quem não entende como sintomas tão incômodos, como dor constante e generalizada, não têm uma causa definida. E como exames laboratoriais e de imagem não conseguem mostrar o que está acontecendo no organismo dessas pessoas, pacientes estão tentando dar mais visibilidade à síndrome, que voltou ao centro das atenções após a cantora Lady Gaga cancelar a apresentação no Rock in Rio e abordar o tema no documentário Gaga: Five Foot Two – que estreou há uma semana na Netflix. Mas ainda esbarram na dificuldade para ter diagnóstico preciso, atendimento especializado e de lidar com o preconceito na sociedade, no trabalho e na família.

Presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia, Georges Christopoulos, explica que a fibromialgia é uma desordem dos centros que regulam a dor, fazendo com que as pessoas sintam dor generalizada. “A causa ou o conjunto de causas ainda não foram estabelecidos, mas acomete entre 2% e 4% da população mundial, entre 30 e 55 anos e, principalmente, mulheres.”

Segundo ele, 50% dos pacientes têm depressão e são frequentes distúrbios do sono, cansaço, alterações urinárias e intestinais. “Esses pacientes podem sentir dor ao mínimo toque. Até um abraço pode provocar a dor.”

A conquista mais recente nessa luta foi no último dia 19 de setembro, com a aprovação pelo Senado de projeto de lei, agora em análise pela Câmara dos Deputados, que prevê criar o Dia Nacional de Conscientização e Enfrentamento à Fibromialgia em 12 de maio.

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