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A sonda Cassini está pronta para fazer seu mergulho final em Saturno

Ilustração da Nasa mostra a sonda Cassini sobre o hemisfério Norte de Saturno. (Foto: Reprodução)

A sonda Cassini fará esta semana seu último mergulho dentro dos anéis de Saturno, em uma manobra para chegar ao ponto mais próximo do planeta, e depois queimar na atmosfera. A missão da Nasa (a agência espacial norte-americana), que começou há 20 anos, coleciona descobertas sobre o sexto planeta do Sistema Solar. Ela termina na próxima sexta-feira (15).

Esta última etapa é chamada de Grand Finale. Desde abril, a nave espacial realizou mais de 2 órbitas entre Saturno e seus anéis. No último dia, ocorrerá uma imersão com aproximação da atmosfera e a sonda queimará por causa do atrito.

Desde o início desses mergulhos, a Nasa tinha algumas metas principais:

Fazer mapas detalhados da gravidade e dos campos magnéticos do planeta.

Entender melhor do que são feitos os anéis de Saturno.

Fazer imagens do planeta, luas e seus anéis.

A nave

O desenvolvimento da Cassini começou na década de 1980. O nome é uma homenagem ao astrônomo italiano Giovanni Domenico Cassini, que descobriu quatro satélites de Saturno e a divisão entre os anéis. Junto à sonda, foi acoplada a nave Huygens, que aterrissou na lua Titã, segunda maior de todo o Sistema Solar.

O lançamento ocorreu em 15 de outubro de 1997. Bill Clinton ainda era o presidente dos Estados Unidos.

A Cassini demorou sete anos até chegar no planeta no ano de 2004, em uma entrada precisa e inédita – a agência espacial está há 13 anos na região. A aterrissagem no solo da lua Titã ocorreu um ano depois com o desprendimento da Huygens, em 2005. Ao final dessa missão, a Nasa terá observado de perto quase meio ano de Saturno – por lá, um ano corresponde a 29 anos terrestres.

As luas

A Nasa chegou a uma contagem de 53 luas confirmadas do planeta – com mais nove em investigação.

Com as pesquisas da Cassini, os astrônomos chegaram a conclusão de que a lua Titã tem um dos mundos mais parecidos com a Terra. Ela tem raio de 2.575 km, é a segunda maior lua do Sistema Solar e registra temperaturas muito baixas. Mas é o único lugar já descoberto com líquido estável na superfície. O ciclo é similar ao da água, mas com metano.

Água foi encontrada em outra lua, Encélado, que tem vapores que saem de sua superfície. A Cassini deu um rasante nestes “canyons” e sugou essas substâncias. Em abril deste ano, a Nasa confirmou também a presença de gás hidrogênio.

Os anéis

Este último mergulho da “Grand Finale” será fundamental para responder a principal pergunta em aberto: qual é a origem dos anéis de Saturno?

Até agora, a missão mostrou que as partículas que compõe os anéis são menores que um grão de areia. Também descobriu que os jatos da Encélado fornecem boa parte do material de um dos anéis – boa parte das partículas é uma troca entre anéis e luas. (AG)

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