Segunda-feira, 27 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de outubro de 2015
A Suíça é o melhor país do mundo para os idosos, de acordo com um estudo sobre as condições socioeconômicas de pessoas acima de 60 anos realizado em 96 nações. O Brasil está em posição mediana no ranking, em 56° lugar, enquanto o Afeganistão, na 96 posição, é a pior nação.
O ranking, batizado de Global AgeWatch Index, foi feito pela ONG HelpAge International com apoio da Universidade de Southhampton, no Reino Unido. Conforme os autores do levantamento, a lista representa 91% da população mundial com mais de 60 anos, o que equivale a cerca de 901 milhões de pessoas. No estudo, os pesquisadores avaliaram as condições dos idosos em quatro categorias: renda, saúde, educação e emprego e ambiente favorável. No Brasil, o melhor quesito é a renda (13 posição no mundo), com uma alta cobertura de renda de pensão (86,3%) e uma baixa taxa de pobreza na velhice (8,8%).
Em relação à saúde dos idosos, o Brasil está em 43 lugar, com uma expectativa de vida de 21 anos após os 60 anos – um ano a menos do que a média regional. Em relação à educação e emprego, o País está em 58 lugar. Segundo a pesquisa, houve melhora nesse quesito em relação ao ano passado, em função da revisão dos dados educacionais e de um aumento da taxa de emprego entre os idosos.
Falta de segurança.
O pior aspecto para os brasileiros com mais de 60 anos, de acordo com a pesquisa, é a categoria “ambiente favorável”, na qual o País está entre os últimos: 87 lugar. De acordo com o estudo, a razão para isso são as taxas, abaixo da média regional, de “satisfação com segurança” (28%) e “acesso a transportes públicos” (45%). “O ranking é vital para representar as vidas de pessoas mais velhas em países de todo o mundo, porque nos permite comparar não apenas as rendas de pensão e a saúde, mas avaliar se os ambientes onde eles vivem são amigáveis para os idosos”, defende o coordenador do estudo, Asghar Zaidi, do Centro de Pesquisa em Envelhecimento da Universidade de Southampton.
Topo da lista.
Ainda conforme a pesquisa, a Suíça lidera o ranking seguida de perto pela Noruega. Em seguida, vêm a Suécia, a Alemanha, o Canadá, a Holanda, a Islândia, o Japão, os Estados Unidos e o Reino Unido. O país sul-americano com melhor colocação é o Chile, em 21 lugar. O Uruguai (27), a Argentina (31), a Colômbia (36), o Equador (44) e o Peru (48) também têm posições melhores que a do Brasil. Já os piores países para idosos na América do Sul são o Paraguai (69) e a Venezuela (76).
Os países que mais investem em melhorias para a vida dos idosos estão no topo da lista, segundo Zaidi. “Eles estão implementando políticas que promovem pensões sociais, atendimento de saúde universal e permitem bons ambientes físicos e sociais para os idosos.” De acordo com Toby Porter, chefe executivo da HelpAge International, estima-se que, em 2030, a proporção global de pessoas com mais de 60 anos crescerá 16,5%, sendo que três quartos desse aumento ocorrerá em países em desenvolvimento. “A lista é um passo na rota para que as pessoas cumpram seu potencial em cada estágio da vida. Hoje, em todos os países do mundo, a proporção de idosos está crescendo. Em 2050, 46 desses 96 países da lista terão mais de 30% de suas populações compostas de pessoas com mais de 60 anos”, declarou. (AE)