Sexta-feira, 10 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de maio de 2018
A presença de dois tubarões na Praia da Barra, no Rio de Janeiro, provocou a paralisação por cerca de 20 minutos de etapa do Circuito Brasileiro de Surfe, que ocorreu entre os postos 5 e 6, no domingo (6). O grupamento marítimo que cuidava da segurança do local viu dois animais se aproximarem de um cardume. Em contato com a organização do evento, as finais do campeonato foram adiadas por 20 minutos e voltaram com a presença de um jet ski na água.
Segundo a organização da prova, não é comum a presença de tubarões na região onde foi realizado o campeonato, na praia da Barra entre os postos cinco e seis. Os bombeiros chegaram a patrulhar o local e a retirar os surfistas que estavam na água. As finais femininas e masculinas aconteceram com o monitoramento da área – através de binóculos e um jet ski com a equipe de resgate do evento dentro da área de competição. Os bombeiros não conseguiram identificar o tamanho e a espécie dos animais. Apesar do susto, a carioca Thais Almeida ficou com o título feminino e Krystian Kymmerson, do Espírito Santo, foi o campeão masculino.
A presença de tubarões em campeonatos de surfe não é novidade. Em abril, uma etapa do Circuito Mundial de Surfe em Margaret River, na Austrália, chegou a ser cancelada depois que pelo menos dois casos de ataques de tubarão aconteceram na região do campeonato. A terceira etapa do ano estava no round 3, com oito brasileiros ainda na disputa.
Os campeões mundiais Gabriel Medina e Adriano de Souza se manifestaram nas redes sociais depois dos primeiros ataques de tubarão deixando claro que não se sentiam seguros para surfar. Depois disso, a WSL anunciou o adiamento.
Recife
Em abril, um banhista do Rio Grande do Norte atacado por um tubarão, na Praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife, teve a perna direita amputada, devido ao grau dos ferimentos. Pablo Diego Inácio de Melo, de 34 anos, passou por cerca de quatro horas de cirurgia.
O paciente teve ainda o braço direito revascularizado, por causa da extensão da lesão. A revascularização é feita quando as veias e artérias são unidas para restabelecer a circulação sanguínea. As informações foram repassadas pela SES (Secretaria de Saúde do Estado) e os procedimentos foram realizados por uma equipe formada por médicos traumatologistas, cirurgiões vasculares e anestesistas. Os cirurgiões ainda trataram de diversos ferimentos nos dois braços.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o incidente aconteceu na altura da Igrejinha de Piedade. Depois dos primeiros socorros feitos por duas equipes de bombeiros, a vítima foi levada de helicóptero ao Hospital da Restauração.
De acordo com o oficial de operações do GBmar (Grupamento Marítimo) que participou do atendimento, capitão Arthur Leone, o homem estava numa área sinalizada por placas. “Ele estava com água na altura da cintura e provavelmente foi mordido primeiro na perna, tentou se defender e em seguida foi mordido nos braços”, conta. Dois outros homens que estavam na água junto com Pablo ajudaram a retirá-lo do mar. “Ele foi resgatado consciente”, informou o bombeiro Wellington Miranda.