Sábado, 16 de novembro de 2024
Por César Cavalheiro Leite | 7 de setembro de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O Brasil e o mundo estão vivenciando um período de transformação profunda, impulsionados pela crescente digitalização dos negócios e pela adoção da inteligência artificial.
A massiva penetração de soluções em nuvem, IA e hiperautomação está redefinindo a forma como as empresas operam e se relacionam com seus clientes e com os clientes de seus clientes.
Ecossistemas cada vez mais integrados e complexos surgem como a nova ordem do mercado, que se transforma e evolui continuamente com a presença crescente da tecnologia no cerne das operações empresariais.
O que torna esse cenário ainda mais notável é que essa revolução tecnológica está acontecendo aqui, agora.
De acordo com o Relatório de Engajamento do Cliente 2024 da Twilio, as empresas brasileiras estão superando as norte-americanas na adoção de tecnologias de inteligência artificial. Conforme o levantamento, 86% das empresas digitalizadas utilizando IA para atividades como a recomendação personalizada de produtos e serviços, em comparação com apenas 66% nos Estados Unidos.
Isso demonstra a competência do Brasil em aplicar a IA, similar à sua excelência no setor bancário, amplamente reconhecida há muitos anos.
No entanto, essa revolução vai além da IA.
Estima-se que 80% das organizações trabalharão com alguma forma de hiperautomação até 2025, segundo pesquisa da Analytics Insights. E esse é só um exemplo.
O avanço em múltiplas frentes tecnológicas está gerando inúmeros benefícios e novas e melhores experiências para usuários, empresas e consumidores.
Vivemos uma verdadeira corrida pela produtividade e pela melhoria da performance.
Para se manterem competitivas nesse cenário, as empresas de todos os setores precisam ser ágeis, inovadoras e adaptáveis a essas revoluções.
Abraçar o novo e ser agente ativo de sua própria transformação é um mantra para todos que desejam ser protagonistas no presente-futuro em que estamos inseridos.
Olhando de forma ampla, o Brasil desponta como um dos líderes no uso de tecnologia em diversas áreas.
Apesar dos desafios relacionados à legislação e à dificuldade de acesso ao crédito para empreendedores e consumidores, o País possui provavelmente o melhor sistema bancário do mundo em termos tecnológicos, excelentes soluções de software, ótimas universidades e uma grande capacidade técnica no segmento de TI.
Em 2023, o Brasil voltou ao top 10 dos maiores mercados consumidores de tecnologia, com um movimento local no setor de US$ 50 bilhões.
O setor de tecnologia, informação e comunicação brasileiro cresceu 5,9% no mesmo ano, atingindo R$ 707,7 bilhões, o que representa 6,5% do PIB nacional.
Mas, a tecnologia, como todos sabem, não conhece fronteiras geográficas.
O mundo opera pela internet, pela nuvem, pelos dispositivos móveis e pelas redes sociais, entre outros canais.
O Brasil, por sua vez, vive uma fase positiva para os negócios, impulsionado por muitas inovações.
No entanto, é crucial estar atento: a maioria das empresas hoje solidamente estabelecidas pode não sobreviver ao futuro próximo se não realizar sua transformação de forma agressiva e não se inserir no ecossistema digital.
Os desafios são muitos, mas também são repletos de oportunidades para gerar valor para pessoas, clientes, parceiros, acionistas e a sociedade como um todo. Embora o Brasil esteja surfando bem as ondas da tecnologia, ainda há muito a ser feito.
É essencial capacitar e qualificar toda a população em idade escolar e universitária de forma mandatória e efetiva em competências tecnológicas.
A educação é a chave para que o Brasil transite de um grande mercado usuário e consumidor de tecnologia para ser protagonista em vários segmentos.
A soberania, a competitividade, a empregabilidade e o futuro do país dependem dessa transformação efetiva.
Penso que deveria ser uma bandeira para todos que desejam ver um Brasil socialmente equilibrado, capaz de gerar oportunidades, renda e emprego para todos os seus cidadãos.
Temos os recursos, o talento e a vontade de liderar no cenário tecnológico global.
No entanto, para garantir um futuro próspero e sustentável, é imperativo que invistamos em educação e inovação, fomentando um contexto em que os melhores sejam estimulados a prosperar e tenhamos oportunidades em geral de avanço para todos.
Somente assim, o Brasil poderá conquistar a sua posição como um dos principais atores na revolução digital, garantindo um futuro de oportunidades e crescimento para todos.
César Cavalheiro Leite – Conselheiro do Grupo Front
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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