Domingo, 20 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 7 de setembro de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
De mega-empresário Joesley Batista passou a mau ator. Após a revelação de novas gravações, tornou-se um farsante. Negou ontem declarações como se fosse mais uma trapaça, prática comum com seus clientes de ocasião.
O Ministério Público Federal está tendo paciência demasiada com o novo blefe do show business político. Seu jatinho, porém, está sempre ligado para uma fuga rápida do palco.
NA ERA DO CINTO APERTADO
Foram longos oito meses de negociações até o governo do Estado do Rio de Janeiro assinar acordo com a União esta semana. O primeiro resultado será o recebimento de empréstimo de 3 bilhões e 500 milhões de reais para pôr em dia a folha dos servidores públicos.
A adesão ao que Brasília chama de Regime de Recuperação Fiscal impõe uma camisa de força na debilitada prestação de serviços públicos. O Estado do Rio ficará impedido de criar cargos, promover concursos públicos, conceder ou a ampliar incentivos fiscais. O que não mudará é a obrigação de pagar impostos.
O próximo da fila a assinar o acordo em Brasília, nos mesmos termos, será o governo do Rio Grande do Sul. Pagará preço alto para corrigir erros do passado, forçando um redesenho profundo e sem precedentes na gestão.
COM ATRASO
O ano de 2017 entrará na História como o momento em que o Estado se deu conta de muitos de seus grandes problemas, antes solenemente ignorados. O mais grave deles: as contas públicas. Durante muito tempo, os governos gastaram como se não houvesse amanhã.
DESPROPORÇÃO
As relações da União com os estados e municípios se baseiam na imposição. O dinheiro dos tributos faz o célebre passeio a Brasília e, depois, para voltar, é na base do favor e em conta-gotas. Sobre déficits e corrupção, não dá para esquecer que o governo federal, como rei do esbanjamento, tem pós-doutorado.
VÃO DESEMBARCAR
Os protagonistas dos escândalos debochavam de tudo, numa demonstração de escárnio. Sentiam-se imunes às sanções penais. Começam a prestar contas.
MODELO EXPORTAÇÃO
O procurador do Ministério Público Federal Paulo Galvão, integrante da força-tarefa na Operação Lava Jato, estará em Buenos Aires, quinta-feira próxima, para falar sobre a investigação brasileira.
Em 1994, dois promotores, que participavam da Operação Mãos Limpas, visitaram Brasília. A convite da Assembleia Legislativa, estenderam o roteiro a Porto Alegre. Descreveram em detalhes as investigações para estancar a corrupção na Itália. Caminho seguido pelo Brasil 20 anos depois.
CASO RARO
O desemprego diminui, ainda que puxado pelas contratações informais; o consumo das famílias voltou a crescer com os recursos das contas inativas do FGTS; a inflação anda baixando e o mesmo ocorre com a taxa de juros. Mesmo assim, pesquisas mostram que a popularidade do presidente Michel Temer segue se arrastando em níveis baixos.
CONVÍVIO DIFÍCIL
O ministro Marco Aurélio Mello não esconde que estão rompidas as suas relações com o colega Gilmar Mendes. Irão assim até 2021, quando Mello terá de deixar o Supremo Tribunal Federal por força da aposentadoria compulsória. Mendes permanecerá até 2030.
HÁ UM ANO
A 8 de setembro de 2016, o ministro Teori Zavascki declarou, em entrevista à Folha de São Paulo, que “Lula tenta embaraçar as investigações da Operação Lava Jato.”
O tempo comprovou.
SITUAÇÃO COMPLICADA
Até Vladimir Putin afirma que será impossível resolver a crise apenas com a aplicação de sanções e exercendo pressões sobre o insano ditador da Coréia do Norte. Sinal de que o pior está por vir.
LANCES INESPERADOS
Chega ao final a semana que pôs a política de cabeça para baixo no país.
NOVA ATRAÇÃO
O Bunker de Geddel vai entrar no concorrido roteiro turístico de Salvador.
FIM DA LONGA TEMPORADA
Sai de cartaz o filme Culto à Impunidade, que tinha reprises frequentes, de Norte a Sul.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.