A UE (União Europeia) reduziu seu imposto de importação de milho para zero, de 4,65 euros por tonelada anteriormente, de acordo com publicação no jornal oficial do bloco nesta sexta-feira (3). A tarifa zero também será aplicada às importações de centeio e sorgo.
A isenção de tarifa potencialmente beneficiaria o Brasil, segundo exportador global de milho, que envia volumes importantes para países europeus. O segundo semestre é o período do ano em que brasileiros embarcam a maior parte do cereal.
A UE havia reintroduzido um imposto de importação em 27 de abril, após uma queda nos preços nos Estados Unidos. As cotações atingiram naquela oportunidade os níveis mais baixos em dez anos, deixando os valores de importação abaixo do mínimo regulatório da UE.
O bloco depois elevou a tarifa ainda mais em 5 de maio, para 10,40 euros, de uma taxa inicial de 5,27 euros, antes de reduzi-la para 4,65 euros em 23 de junho.
Os mercados globais de milho ficaram pressionados este ano, com a epidemia de coronavírus afetando a demanda por combustíveis, incluindo de etanol produzido a partir do cereal, que absorve grandes volumes da produção dos EUA.
Desde então, os preços se recuperaram, apoiados por uma recuperação nas cotações do petróleo e frete, bem como uma estimativa menor para o plantio dos EUA, divulgada nesta semana.
Soja
A maior empresa chinesa de processamento de alimentos, a Cofco, prometeu rastrear 100% da soja importada do cerrado brasileiro até 2023. A medida consta do anuário de sustentabilidade da companhia, divulgado na última quinta-feira (2).
A Cofco quer garantir as origens do grão, para evitar a compra de produtos que venham de áreas de desmatamento irregular. “Tornamos público nosso compromisso de rastreabilidade porque estamos preparados e queremos ser responsabilizados por isso”, disse Wei Peng, chefe de sustentabilidade da empresa.
A meta para este ano, segundo ele, é rastrear mais de 50% do volume comprado dos produtores locais.
Segundo a agência Bloomberg, a rival da Cofco, Louis Dreyfus Co., também afirmou que tem rastreado uma parte da soja comprada do Brasil. No ano passado, foram 30%. Neste ano, o objetivo é chegar a 50%. E a Cargill também disse que rastreia 100% da soja comprada do País.