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Brasil A vacinação de professores ainda não tem data e o Ministério da Saúde mantém ordem em lista de prioridades; entenda

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A determinação vale até que sejam concluídas as análises de um caso raro de morte de uma gestante de 35 anos por causa de um AVC hemorrágico. (Foto: EBC)

A vacinação dos professores ainda não tem data para começar e não houve mudança no status desta categoria na lista de grupos prioritários para a vacinação contra a covid-19 no Brasil, de acordo com nota do Ministério da Saúde.

O esclarecimento da pasta do ministro Eduardo Pazuello vai contra um anúncio feito pelo Ministério da Educação (MEC) na última quinta-feira (4). Também por meio de nota, o MEC diz que o ministro Milton Ribeiro enviou um ofício à Casa Civil pedindo a inclusão dos professores entre os grupos prioritários e que o pedido foi atendido.

Milton Ribeiro chegou a comemorar como uma “vitória para a educação brasileira” a mudança que não foi confirmada pelo Ministério da Saúde.

“Sigam essa ordem”

Ao enviar posicionamento que refuta as informações do MEC, o Ministério da Saúde diz que os professores já estavam entre os prioritários e que, neste momento, não há “ampla disponibilidade da vacina no mercado mundial”.

“Os profissionais da área de educação sempre estiveram incluídos no Plano de Vacinação como público prioritário”, informou o Ministério da Saúde.

“Cabe ressaltar que o Ministério da Saúde recomenda que os gestores de saúde sigam essa ordem estipulada pelo Plano de Vacinação e pelos Informes técnicos”, completou o ministério.

Desde o começo da pandemia, o ministério divulgou uma versão do Plano Nacional de Imunizações (PNI) e quatro informes técnicos que apresentam diretrizes para a vacinação ou detalhamentos.

O mais recente informe técnico que cita a ordem para vacinação é o segundo, de 23 de janeiro. Nele, os professores ocupam a 15ª posição.

Veja a lista:

1) Pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas;

2) Pessoas com Deficiência Institucionalizadas;

3) Povos indígenas vivendo em terras indígenas;

4) Trabalhadores da Saúde;

5) Pessoas de 80 anos e mais;

6) Pessoas de 75 a 79 anos;

7) Pessoas de 70 a 74 anos;

8) Pessoas de 65 a 69 anos;

9) Pessoas de 60 a 64 anos;

10) Pessoas com comorbidades;

11) Pessoas com deficiência permanente grave;

12) Pessoas em situação de rua;

13) População privada de liberdade;

14) Funcionários do sistema de privação de liberdade;

15) Trabalhadores da educação;

16) Forças de Segurança e Salvamento;

17) Forças Armadas;

18) Trabalhadores de Transporte Coletivo Rodoviário de Passageiros Urbano e de Longo Curso;

19) Trabalhadores de Transporte Metroviário e Ferroviário;

20) Trabalhadores de Transporte Aéreo;

21) Trabalhadores de Transporte Aquaviário;

22) Caminhoneiros;

23) Trabalhadores Portuários;

24) Trabalhadores Industriais.

Manifestação ao STF

A celebração de Milton Ribeiro para a suposta inclusão de professores na lista ocorreu no dia seguinte ao Ministério da Saúde, por meio da Advocacia-Geral da União, ter informado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski as justificativas para a definição dos grupos prioritários no Brasil.

Na manifestação jurídica, o advogado-geral da União, José Levi Mello, repete a lista já divulgada pelo ministério no Plano e nos informes técnicos, e acrescenta esclarecimentos sobre o perfil de cada grupo.

No texto, que serviu de subsídio para a AGU, o Ministério da Saúde alerta:

“É importante a promover a proteção dos trabalhadores da educação, principalmente em um contexto de retomada das atividades. No entanto, sua priorização não deve se dar em detrimento dos grupos de maior risco de agravar e morrer pela doença. Impende destacar ainda que os trabalhadores da educação que estiverem dentro de algumas das condições de risco agravantes da Covid-19 serão priorizados nos respectivos grupos característicos”.

O STF cobrou que o governo fizesse o detalhamento depois que o Plano Nacional de Vacinação citar os grupos, mas não pediu para deixar clara a ordem de vacinação. O Ministério tem afirmado que a lista está hierarquizada, e que os prefeitos podem fazer ajustes conforme a realidade local. Um dos pontos de polêmica na lista foi a vacinação ampla dos profissionais de saúde, mesmo entre aqueles que não estavam na linha de frente em hospitais dedicados à covid-19.

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