Domingo, 30 de março de 2025
Por Redação O Sul | 25 de janeiro de 2020
A prisão em Dallas, no Texas, de três cidadãos de origem síria, suspeitos de integrar a rede terrorista al-Qaeda, obriga o estado de alerta em toda a América do Sul. Al Raefee, Tuameh Tuameh e Al Harari Al Harari teriam viajado da Venezuela para a Colômbia e, depois, para os EUA, com documentos comprados na cidade de La Guajira, na fronteira colombiana.
Essa movimentação de militantes da al-Quaeda é novo fato a confirmar como o regime ditatorial de Nicolás Maduro se mostra empenhado em transformar o país em base operacional para diferentes grupos terroristas, alguns deles adversários históricos, mas todos com um inimigo comum: os EUA.
No início da semana, Mike Pompeo, secretário de Estado americano, havia sido enfático ao alertar chanceleres latino-americanos, reunidos em Bogotá, sobre o trânsito de integrantes do Estado Islâmico na região.
Maduro já abrigava narcoguerrilhas como o ELN e a dissidência das Farc, além de grupos paramilitares, todos de origem colombiana. Agora, oferece proteção à al-Qaeda, ao Estado Islâmico e ao Hezbollah, braço armado do Irã. “O Irã, com o Hezbollah, já está na Venezuela e isso não é aceitável”, disse Pompeo na Cúpula Antiterrorismo. O presidente da Colômbia, Iván Duque, apresentou mapas e evidências fotográficas para demonstrar “a presença de células do Hezbollah na Venezuela”.
Acuada, a cleptocracia venezuelana deixa evidente seus laços com o regime teocrático iraniano em provocação aos EUA. Há dias, Maduro enviou seu ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, e o general Remigio Ceballos Ichaso, comandante operacional das Forças Armadas, a uma solenidade na embaixada do Irã em Caracas em homenagem a Qassem Soleimani, responsável por atos de terrorismo realizados pelo Hezbollah. Soleimani havia sido abatido em Bagdá. O aiatolá Ali Khamenei anunciou vingança. Esta semana, Maduro enviou a Teerã o chanceler Jorge Arreaza em missão de “solidariedade”.