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Mundo A violência tem aumentado no território palestino da Cisjordânia enquanto os militares de Israel perseguem terroristas

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Palestinos lutam contra soldados israelenses. (Foto: Zain Jaafar)

A violência tem aumentado no território palestino da Cisjordânia enquanto os militares de Israel perseguem terroristas após o ataque perpetrado pelo Hamas a partir de Gaza, no dia 7. Nas duas últimas semanas, 90 palestinos foram mortos no território ocupado por Israel, principalmente em confrontos com tropas israelenses. A intensificação da violência dá sequência a mais de um ano de escalada de ataques e detenções na Cisjordânia e de ações mortíferas de palestinos contra israelenses.

A violência ameaça abrir outra frente na guerra e pressiona a Autoridade Palestina. Reconhecida internacionalmente, a Autoridade administra partes da Cisjordânia, mas é impopular entre os palestinos principalmente por cooperar com Israel em assuntos de segurança.

A contagem inclui cinco palestinos mortos em incidentes separados no domingo – dois deles morreram em um ataque aéreo a uma mesquita no campo de refugiados de Jenin, que Israel disse estar sendo usado por terroristas. Israel realizou um ataque aéreo durante uma batalha em outro campo de refugiados na Cisjordânia na última semana, no qual 13 palestinos, incluindo 5 menores, e um membro da Polícia de Fronteira paramilitar de Israel foram mortos.

Bombardeios

Israel raramente utiliza o poder aéreo na Cisjordânia ocupada, apesar de ter bombardeado Gaza – controlada pelo Hamas – desde que o grupo terrorista invadiu a fronteira para conduzir os ataques em solo israelense.

Mais de 1,4 mil pessoas morreram em Israel desde o início da guerra, a maioria civis mortos no ataque inicial do Hamas. O Ministério da Saúde administrado pelo Hamas em Gaza afirma que mais de 4,6 mil palestinos foram mortos.

O Ministério da Saúde palestino na Cisjordânia diz que os 90 palestinos mortos no território desde o dia 7 representam um salto dramático em comparação aos 197 que morreram entre o início do ano até o ataque do Hamas, segundo uma contagem da agência de notícias Associated Press.

Além dos ataques, palestinos foram mortos em violentos protestos anti-Israel e, em alguns casos, em ataques de colonos judeus.

Israel reprimiu o território imediatamente após o ataque do Hamas, fechando passagens e postos de controle entre cidades palestinas. Israel afirma que suas forças detiveram mais de 700 suspeitos na Cisjordânia, incluindo 480 membros do Hamas, desde o início das hostilidades.

A retomada dos ataques aéreos por parte de Israel – que numa operação em julho, em Jenin, atingiu um nível de intensidade nunca visto desde a revolta palestina há duas décadas – sugere uma mudança nas táticas.

Os militares israelenses descreveram a Mesquita Al-Ansar em Jenin como um complexo pertencente ao grupo terrorista Hamas e à Jihad Islâmica, grupo palestino menor e mais radical. Eles dizem que os terroristas realizaram várias ações nos últimos meses e planejavam outro atentado.

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