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Carlos Alberto Chiarelli A volta do prisioneiro

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Vestindo um terno azul, certamente cortado por um alfaiate que, pela história conhecia gestos e medidas do seu cliente sui generis, reapareceu José Dirceu, o revolucionário burocrático não muito legal.

Conhecido como um cara sabido, vivendo permanentemente dos “bons negócios” geralmente usando dinheiro público. O homem que se submeteu a uma série de operações plásticas o que tão definitivamente fe-lo capaz de ser, por culpa das plásticas diferente do modelo fundamental (ele mesmo) que nem a esposa, devida conjugal de vários
anos, ao defrontar-se com o homem que lhe disse ser o seu marido, em “nova versão” não se convenceu.

A busca da esposa desacreditou totalmente o clone que na verdade não deixava de ser uma imitação que o “camarada” que chegara a casa não parecendo com ninguém mas aplicando uma conversa – isto sim de alguém que foi sem dizer quanto tempo ficaria, para onde iria e agora voltava.

Ele foi, sem dizer que deixara descer o que ele fora mas, acabou descobrindo o óbvio: o cara que estava ali fazia com que “a esposa órfã” lembrasse o qualificado crime “a morte do caixeiro viajante”.

Ninguém se lembrava mas, estranhamente todos se lembravam.

Enfim, já falara com o filho que parece que logo acreditou na surpreendente super macro produção do “rebelde das Américas” que
ensinara a Lula o lulismo. O sindicalista fora tão bom aluno que acabou tido como o “mago do esquerdismo”.

Como aluno especializou-se com a capacidade de ter mil faces. Enfim, quem era mas não era, podia ser mas também podia não ser.

Dirceu e Lula eram grandes parceiros em que de verdade um nunca acreditou no outro. Lula quando foi eleito pela primeira vez fez o
“aparente amigo” chefe da casa Civil como se Dirceu viria a ser o planejador e coordenador político do governo do sindicalista.

É aí que um deputado do PTB, Roberto Jefferson usualmente defensor de Lula, passa a fazer um ataque violento reiterando denúncias  usualmente difamatórias seja do presidente como também de José Dirceu. O parlamentar usava um vocabulário em que atingia a equipe política que atuava nos Correios e que politicamente tinha ligação com José Dirceu.

Surpreendentemente, o Palácio da Alvorada não se movimentou da mesma maneira que o próprio PT, dando a impressão que, nessas áreas petistas, se acreditava que Dirceu de fato era um criminoso. Lula
afastou-se do tido como “grande companheiro” Dirceu, acusado por falar bastante, comprometendo companheiros correligionários, começa a viver a descida desonrosa de poder, ante a postura
totalmente inerte do presidente Lula. A partir dessa situação passou-se a pensar o que realmente ocorria atrás das cortinas.

Logo, acreditou-se que aquela crença entre ambos (Dirceu e Lula) havia uma indestrutível relação de parceria política. Há quem
dizia que ambos sabiam de tudo (negócios, negócios amigos  compartem). Até que Dirceu quis demais ou Lula chegou a conclusão que sua parte era de menos. Dirceu recebeu logo cartão amarelo; e, depois, o vermelho.

Dizia-se que Dirceu no inicio do movimento militar fora para Cuba escapando das forças armadas que o tinham como o terrorista mais perigoso. Só que foi um e voltou outro. Sequencia de plásticas o transformaram tanto que nem a mulher apesar de -“cumpanheira”- o
reconheceu.

Passou a ser agente de missões especiais por toda a América Latina.
Até ontem não comentara o governo de Lula que agora teria, abrindo a linha de ataque, dito ser de centro direita (em seguida negou; que na política é a melhor maneira de confirmar).

Sua volta para o centro do palco político e seu palavreado quer dizer que ele é um ex-parceiro de Lula? Descrente? Ou é uma jogada de parceria com o presidente (que vem atacando as figuras mais
destacadas do seu próprio ministério, inclusive seus partidários).

Nada está acontecendo de graça, Lula e Dirceu foram parceiros  inclusive na prisão quando pagaram barato aliás pelos delitos  lucrativos que tanto lhes deu dinheiro.

Prestem atenção: a popularidade de Lula caiu. E ele já se deu conta que precisa mudar (e como dizia o notável Jô Soares: Vai pra casa Padilha) o time. Esta politicamente frágil, minoritário no congresso.
Agora, Zé Dirceu que é o pau pra toda obra, especialista em manhas e
camangas inesperadas mata o governo que o PT detesta; que Lula já ataca de público e que, incrível, só eles o incorrigível José Dirceu (que
foi e mudou e volta para ser de novo o que era) pode salvá-lo, ou melhor, tentar salvá-lo.

Se não a sentença que os condenou, que foi de nove anos mas saíram depois dos três primeiros, devem pensar muito que ainda faltam seis.

Carlos Alberto Chiarelli foi ministro da educação e ministro da integração internacional (e-mails para carolchiarelli@hotmail.com)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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