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Abertura do Centro Vida viabiliza acolhimento para cerca de 850 pessoas em Porto Alegre

A cerimônia de entrega ocorreu com a presença de famílias que terão o espaço como moradia, além do governador Eduardo Leite, do vice-governador Gabriel Souza, de secretários de Estado

A pequena Maria Luísa tem apenas dois anos. Não consegue, portanto, avaliar a dimensão da tragédia que atingiu a sua família e a de milhares de pessoas em abril e maio no Rio Grande do Sul. Nesta quinta-feira (11), junto dos pais e dos irmãos, Maria Luísa ganhou um lar temporário para brincar e conviver em uma estrutura apropriada para crianças como ela.

A abertura do Centro Humanitário de Acolhimento Vida, em Porto Alegre, marca uma nova fase para cerca de 850 moradores do Estado. A cerimônia de entrega ocorreu com a presença de famílias que terão o espaço como moradia, além do governador Eduardo Leite, do vice-governador Gabriel Souza, de secretários de Estado e de representantes de empresas parceiras. O projeto foi financiado pelo Sistema Fecomércio/Sesc/Senac.

Em 2 de maio, Maria Luísa foi resgatada pelo CBMRS (Corpo de Bombeiros Militares do RS) em casa, na Ilha da Pintada, na capital. A família – composta pela mãe, Karine Paim, pelo pai, Elessandro e pelos irmãos, Erica e Erik – morava no local há 13 anos. De lá, foi encaminhada para dois abrigos antes de chegar ao Centro Vida.

“Só de olhar aqui já vemos que é bem melhor do que onde a gente estava. A próxima parada será direto para nossa casa”, disse Karine, que aguarda a moradia definitiva do governo federal. A residência da família, de madeira, foi comprometida pelas enchentes.

Dirigindo-se às famílias acolhidas, Leite reforçou o compromisso de realizar as articulações necessárias com as diversas esferas de poder para viabilizar as habitações definitivas.

Garanto que não vamos descansar enquanto não tivermos as casas definitivas para vocês. Isto não é fim de jornada, mas, sim, o meio do caminho. Seguiremos juntos em cada passo até que todas as famílias sejam encaminhadas com dignidade à sua própria residência, pensando especialmente nas pequenas crianças que vemos aqui”, afirmou.

Além desse espaço, também já foi entregue, no dia 4 de julho, o Centro Recomeço, em Canoas. A terceira unidade será aberta até o final do mês, também em Canoas. A abertura dos espaços faz parte do Plano Rio Grande, que atua em três eixos de enfrentamento aos efeitos das enchentes: ações emergenciais, ações de reconstrução e Rio Grande do Sul do futuro.

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