Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por adm | 23 de abril de 2020
O deputado estadual Sebastião Melo é autor de decretos legislativos que suspendem o auto-aumento salarial de 16,38 por cento para as carreiras jurídicas. Abrangem o Ministério Público, o Tribunal de Contas do Estado, a Defensoria Pública e o Tribunal de Justiça.
Ontem à noite, Sebastião manifestou revolta com a informação de que o deputado estadual Eric Lins entrou com ação na Justiça para suspender a votação dos decretos legislativos. A matéria será enfrentada, hoje pela manhã, no Tribunal de Justiça.
O impacto, segundo cálculos de Sebastião, atingirá 250 milhões de reais. “Essa verba poderia ser empregada em ações de combate ao coronavírus”, argumenta.
Modelo dos freios
A retomada da Economia será um desafio gigantesco. Não há momento melhor do que agora para romper com o círculo vicioso da burocracia no país, representada por uma rede inesgotável e cansativa de formalidades. São cartórios, taxas, guias, carimbos e tudo mais que existe de empecilhos. Esse conjunto consome tempo, dinheiro e desestimula a atividade produtiva.
Nas mãos dos governos
Esta não pode ser a década da perda irreversível de empregos. Sozinho, o poder público não resolverá. Sem usar a tática de imposições, muitas absurdas, precisará reaprender a ouvir os empresários que investem dinheiro, correm riscos e geram vagas.
Vão perder a chance?
Se a atual composição do Senado e da Câmara dos Deputados quiser ir adiante, deverá se empenhar na reformulação completa da estrutura tributária e não apenas fazer uma maquiagem. Provavelmente, existem parlamentares com conhecimento suficiente sobre assunto. Entidades representativas do capital e do trabalho não podem ficar fora. O recesso provocado pela pandemia é uma grande oportunidade.
Não para
O placar eletrônico jurômetro.com.br atingiu ontem 100 bilhões de reais. Valor pago pelo governo federal, desde 1º de janeiro deste ano, para rolar sua dívida. Dinheiro saído do bolso de cada brasileiro na forma de impostos.
Recusa
Luiz Henrique Mandetta emitiu aviso a todos os governadores: não aceitará convite para assumir qualquer secretaria estadual da Saúde. Até 2022, vai atender em sua clínica médica e encaminhar a candidatura ao governo de Mato Grosso do Sul.
Passo de tartaruga
Começou a tramitar no Senado projeto que obriga bancos a oferecerem máscaras e álcool em gel para clientes nas agências. Ótima iniciativa. Conhecendo a tradicional lentidão, será aprovado quando o verão estiver chegando.
Excesso de repercussão
Mais do que político, Roberto Jefferson é um ator e sabe como voltar a jato ao noticiário. Pelo twitter, há três dias, denunciou uma conspiração para derrubar o presidente Jair Bolsonaro. Depois, calou-se e ficou por isso mesmo.
A nação deve a Jefferson a denúncia sobre o esquema de corrupção, feita há 15 anos, no governo federal. Custou-lhe a própria cassação. Agora, porém, não precisa exagerar, criando ficção.
Há 20 anos
“Vergonha” deveria ser a única palavra nas manchetes dos jornais de 23 de abril de 2000. A notícia sobre as comemorações dos 500 anos da descoberta do Brasil, no dia anterior, foi substituída por esta:
“Bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha acabaram usadas num confronto entre policiais militares e manifestantes em Cabrália, local em que chegou a frota de Pedro Álvares Cabral. O resultado: a prisão de 141 pessoas e muitos feridos. A manifestação foi promovida por estudantes, punks e Movimento dos Sem Terra. O protesto, afirmaram, era contra o presidente Fernando Henrique Cardoso.”
O que outros não conseguiram
Fernando Henrique foi o presidente de número 38. A homenagem abrangeria toda a História brasileira. Por sinal, com o Plano Real, FHC foi o único capaz de derrubar a inflação, o imposto mais perverso que a população pagou ao longo de muitas décadas.
Superação
O esforço sem limites será para não entregar à próxima geração o país destruído por um vírus.